sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ADEUS, ATÉ UM DIA DESTES!



ADEUS, ATÉ UM DIA DESTES!


Olho a cidade lá longe,
sinto perto o teu calor,
sei que estás de malas-feitas,
levas nelas o meu amor;
Foi como uma paixão de Verão
que se esgota num Outono,
nasce sempre em contra-mão,
morre sem glória de mono;
Fui um tubo de ensaiar
sentimentos recalcados,
de nada me vale chorar,
são emoções em bocados;
A luz brilha na noite escura
na rua em frente do mar,
Ilumina a face pura
de um romance a acabar;
No Céu uma estrela reclama
um momento para brilhar,
sabe que só sofre quem ama,
quem procura um só olhar;
Pergunto ao vento que passa
se um dia vais regressar,
responde-me com ar de chalaça:
tudo gira em torno do ir e voltar!”

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