Hoje, cerca das 15h00, o lajeado da Praça 8 de Maio estava pejado de canoas. Tratou-se de uma manifestação simbolizando o impacto negativo que a provável construção da mini-hídrica no rio Mondego, junto à povoação de Foz do Caneiro, irá ter na economia da zona. Para além disso esteve a decorrer uma recolha de assinaturas em “abaixo-assinado”. Segundo Rui Lopes, gerente de uma empresa de canoagem e com três empregados a seu cargo, e que, amiúde, faz eventos no rio, “ o que querem fazer é um atentado ao ambiente. Já nem vou falar no que se gastou na “escada” de peixe que se construiu junto à ponte-açude. Não faz sentido, agora, mais uma vez, virem limitar o campo de acção do peixe. Se levarem á frente este projecto será muito mau para todos. A minha empresa e outras que operam no leito do rio com desportos radicais ficarão muito prejudicadas. É uma agressão sem perdão que querem fazer a uma zona natural e tão bela”, enfatiza Rui Lopes.
E QUE PENSA O CIDADÃO COMUM?
Como já é hábito o cidadão de Coimbra, perante estas manifestações de rua, e mais propriamente quando se trata de defender algo do nosso património natural, olha de soslaio para os manifestantes e passa ao largo. Preocupa-se mais com a questão estética da cidade do que o fundamental que lhe deu origem, podemos ilustrar com este comentário de um comerciante presente no local: “já viu isto? Admite-se que encham a praça e a entrada da Igreja de Santa Cruz com canoas? Este templo é Panteão Nacional! Olhe para isto! Olhe para isto!”. Quando lhe pergunto se sabe o que está em causa diz que não sabe… “mas isto está mal, pronto!”
E A IMPRENSA RESPONDEU?
Segundo Rui Lopes, “Contactámos todas as televisões mas só a TVI está presente”. No entanto, a nível local, eram bem visíveis jornalistas de todos os quadrantes, de comunicação escrita e falada da rádio, da Antena 1.
Fosse lá porque fosse, da autarquia não se avistou ninguém para contra-argumentar.
ONDE ESTÃO OS DEPUTADOS ELEITOS POR COIMBRA?
Diga-se lá o que se disser, goste-se ou não do Bloco de Esquerda, a verdade é que quando se trata de defender causas ambientais e importantes para a cidade este partido está sempre na linha da frente. Hoje mais uma vez se verificou isto mesmo com a presença de José Manuel Pureza, ex-deputado na Assembleia da República, a manifestar apoio e a dar corpo ao protesto. E os outros deputados eleitos de outras facções partidárias onde estão? Bom, provavelmente estarão a gozar o último feriado do 1º de Dezembro, ou então concordam com a construção da mini-hídrica. Ou, se calhar, especulando, nem sabem nada do que se passa na cidade –que será o mais provável!
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