Cerca das 15h00 chegou ao Largo da Portagem o senhor Pai Natal. Apesar dos milhares de quilómetros percorridos entre a Lapónia, no Norte da Europa, e Coimbra, o pai de todos os meninos -salvo seja- estava bem. É certo que com ar visivelmente cansado e tez escura -o que não é de admirar pela longa viagem- aparentava um aspecto de bem-tratado. Quase de certeza que não passou muita fome nos últimos tempos -aliás, na especulação, até iríamos mais longe: ou engordou ou fato já é do pai, que, certamente, era mais magricela.
Quanto ao velho Packard, de 1920, dos Bombeiros Voluntários de Coimbra é que esteve ali para as curvas. Em metáfora, até me pareceu a Etelvina, uma raparigona que mora na Rua do Adamastor, que apesar de ser mais velha que o Rio Mondego nunca nega fogo. Venha lá um qualquer magala, um qualquer caloiro, ou outro carenciado de amor já entradote. Ela lá está para aguentar a jornada e fazer serviço social em prol dos mais necessitados.
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