quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TENTATIVA DE SUICÍDIO JUNTO AO BASÓFIAS




 Hoje, cerca das 14H15, uma senhora ter-se-á jogado às águas do Mondego, junto ao barco Basófias.
Segundo o chefe que comandava o corpo de bombeiros Sapadores de Coimbra, “fomos chamados porque se encontrava um corpo a boiar próximo da ponte de Santa Clara, junto ao cais de embarque do Basófias”.
Segundo uma testemunha ocular, “eu passei e reparei na senhora, um pouco para o forte, sentada nas escadas de acesso ao rio. Teria à volta de sessenta anos. Tinha entre mãos um terço e um ar compenetrado, como se estivesse a rezar. De vez em quando olhava para cima, para as grades de ferro, onde estava um casal de namorados. Certamente estaria á espera que eles desandassem para cometer o acto tresloucado. Ai, nem estou em mim! Então se eu adivinhasse, se eu soubesse, claro que iria falar com ela. Quem sabe uma palavra de afecto teria evitado esta catástrofe”, enfatiza a minha depoente.
Passava pouco mais das 14H30 quando foi retirada das águas do rio a senhora. Ainda apresentava alguns sinais vitais. Os bombeiros, em grande frenesim, em luta contra a morte, tentando a todo o custo reanimá-la através de massagem cardíaca, transportaram-na para o hospital. Desconheço se os homens da paz, apesar do seu elevado e repetido esforço, teriam obtido vitória.
Dizia-se nas redondezas do incidente que a senhora teria parado o seu carro no estacionamento próximo, em frente ao Turismo. Tudo indica que foi um passo executado ao pormenor, talvez em desespero de causa.
Como sempre, nestes casos, há sempre opiniões já formuladas para tentar explicar uma acção destas. Também ali havia várias, mas a que me ficou foi a daquele homem que a todo o custo tentava “vender” a sua mensagem: “isto é o Diabo. Podem mesmo crer, é o Diabo que tenta as pessoas! Tive um familiar que também se suicidou. Foi o mesmo. O Diabo começou a atentá-lo e só a largou quando ele se enforcou!”, retorque o examinador psico-social.

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