Caro amigo Luís, como sabe não e meu hábito responder nos blogues.
Desta vez vou apenas dizer aos anónimos para darem a cara. Criticar é fácil, mas quem como eu anda no associativismo de cara levantada e sem nenhum interesse que não seja trabalhar em prol da nossa Baixa custa aceitar este tipo de comentários sem rosto.
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Desta vez vou apenas dizer aos anónimos para darem a cara. Criticar é fácil, mas quem como eu anda no associativismo de cara levantada e sem nenhum interesse que não seja trabalhar em prol da nossa Baixa custa aceitar este tipo de comentários sem rosto.
Um abraço.
Armindo Gaspar (presidente da APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra)
NOTA DO EDITOR:
Meu caro amigo Armindo. Começo por agradecer o facto de ter comentado. A seguir, respondo-lhe que também não gosto de anónimos. Nunca me pautei na vida a coberto de nublosas ondas de vapor que dão jeito. Porém, mesmo sendo contra este comportamento e a contragosto, acabo por aceitar este tipo de manifestações. Isto é, imaginemos que alguém sabe que se vai cometer um crime ou, por outro lado, tem conhecimento de um elemento de prova que pode absolver alguém, acusado injustamente, de um delito que não cometeu. O que é melhor, será aceitar a denúncia anónima como início de uma investigação cujo objecto master é livrar alguém de uma condenação, ou, pelo contrário, não aceitar e conviver-se com a certeza de que alguém está a pagar uma pena por um facto que não concorreu? Tenho a certeza de que se inclinará pela afirmação.
Tenho também a certeza de que, a breve prazo, terá de ser feita uma graduação para aceitação da denúncia sem rosto. Isto é, o Ministério Público só deveria aceitar este tipo de participação quando estiver em causa superiores interesses da pessoa humana, como por exemplo, como disse, contribuição para abertura de uma instrução, num caso já transitado em julgado ou ainda a decorrer. Mas sempre tendo em conta uma ementa de possibilidades onde persista o elemento-chave contribuidor para a verdade. Nunca se deveria aceitar, por dá cá aquela palha, uma denúncia, na maioria das vezes por razões de futilidade e maldade para com o visado. Um Estado democrático, tendo por norma a defesa da justiça com rosto, não pode proceder da mesma forma que um estado autoritário, como alguns lembramos o procedimento da PIDE/DGS, onde milhares de cidadãos, com base em denúncias anónimas, foram encarcerados sem culpa formada. Hoje não se é preso, mas, no mesmo estilo, somos constituídos arguidos durante largos meses.
Quanto à crítica de que se diz alvo, meu amigo, todos somos passíveis de crítica. Só o não é quem nada faz. A crítica, a dita negativa, como sabe, ajuda-nos a melhorar, empurra-nos para a frente. Num primeiro momento detestamos, mas o engraçado é que na continuidade se transforma em proactiva. É mais fácil recordar alguém que nos criticou olhos-nos-olhos do que alguém que nos elogiou. Este é um axioma, uma verdade sem contestação.
Quanto a esta crítica de que falamos, isto é, entrando dentro dela, naquilo que lhe deu origem, que foi o facto de perante um alarme social, motivado por assaltos a estabelecimentos, o presidente de uma instituição representativa pedir ajuda aos representantes políticos, sejamos razoáveis: NADA HÁ A APONTAR. E se houver é pela positiva. O que o presidente da APBC fez está no âmbito das suas obrigações perante os seus associados. FEZ O QUE TINHA A FAZER.
Se houve alguém que não fez e deveria ter feito –refiro-me à ACIC, Associação Comercial e Industrial de Coimbra, enquanto representante institucional de todos os comerciantes da Baixa-, isso já é outro problema. Aqui, quanto a mim, é que deveremos exigir responsabilidades pela omissão.
Se houve alguém que deveria ter convocado todos os actores políticos e associativos –refiro-me ao governador civil Henrique Fernandes- e não o fez, isso, que ninguém entende, só ele poderá responder. O presidente da APBC, quanto a mim, não deve pagar pela inabilidade ou omissão de outros.
Que o governador civil, Henrique Fernandes, deveria, com urgência, clarificar esta sua pouco ortodoxa posição, penso, ninguém terá dúvidas. Se não o fizer corre o risco de se pensar que está “jogar” o presidente da APBC contra os seus colegas de intervenção política/associativa.
Conheço um pouco de Henrique Fernandes, embora este relativo conhecimento já venha de há décadas. Tenho por ele alguma estima e não tenho dúvida de que é sério. Também não tenho dúvida de que em relação aos assaltos na Baixa ocorridos nos últimos três anos não tem conduzido o processo como deve ser. Há dois anos, numa reunião conjunta, onde esteve também o Armindo Gaspar, comprometeu-se connosco, dentro do “Contrato Local de Segurança” a reunir no prazo de 30 dias. Até hoje. Ainda estou à espera…mas sentado.
Tenho a certeza que, mais uma vez, aconteceu um lapso. Eu que tenho a mania de que tenho boa intuição, quase aposto que hoje, quinta-feira, o governador já falou, pelo menos com o presidente da ACIC, Paulo Mendes.
Tenho também a certeza de que a todos –cada um a defender o seu objecto- o que nos move é querer o melhor para a Baixa. Afinal é aqui que trabalhamos, é aqui que vivemos, é aqui que está a nossa história. Respeite-se cada um de nós na sua singularidade.
VIVA A BAIXA DE COIMBRA!!
1 comentário:
Grato uma vez mais pela sua intervenção.
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