(IMAGEM DA WEB)
Manhãs cinzentas provocam-me neurose. Hoje, que estava tempo enevoado, peguei numa vassoura -como quem diz, carreguei no “delete” do computador- e, como dona de casa frustrada, varri, é uma forma de dizer, com uma série de “amigos” no Facebook.
Porra, sempre que lhe nasce uma ninhada de pintos –porque eles anunciam- uma pessoa, porque pensa que até está a fazer bem, agarra em meia dúzia de letras, assim, naquela lentidão sem grande poesia, lá constrói uma frase e remete: “Parabéns”. Ora seria suposto, se no outro lado estivesse uma pessoa de bem, que respondesse, no mínimo, “obrigado”. Mas está bem abelha, traz-me cá o pólen a casa que depois te respondo.
Porra, sempre que lhe nasce uma ninhada de pintos –porque eles anunciam- uma pessoa, porque pensa que até está a fazer bem, agarra em meia dúzia de letras, assim, naquela lentidão sem grande poesia, lá constrói uma frase e remete: “Parabéns”. Ora seria suposto, se no outro lado estivesse uma pessoa de bem, que respondesse, no mínimo, “obrigado”. Mas está bem abelha, traz-me cá o pólen a casa que depois te respondo.
Outro leque de pessoas, constituído por políticos da nossa praça, lança um tema, se uma pessoa até comenta, porque entende que essa é a principal função desta página de pseudo-amigos, a maioria deles só responde aos títulos mais sonantes em termo de importância. É assim como se, na hora de replicar, pegassem no nome que lhes aparece à frente, e com a mão a oscilar para cima e para baixo, tartamudeassem: “hum…este não é conhecido…não me parece pesar coisa nenhuma!”. E pumba, arrumam-no para o caixote dos “ignorados-insignificantes-tacitamente”. Responder, a bom responder –salvo excepções, por que as há- só se for no mesmo grau de importância política. Por exemplo se for vereador, mesmo numa terreola que não vale um tostão furado, só retrucam na paridade. Os seus egos, como balões de hidrogénio, devem estar tão insuflados que se, por acaso, houver um ventito suão, daqueles de abanar o canavial, correm o risco de subir, subir, pelo firmamento acima que nunca mais os veremos. Acabam por rebentar lá em cima, nas estrelas.
Por exemplo, falar com eles no chat…oh…oh…nem pensar. Lá no seu íntimo, carregado de importância, devem questionar, “olha p’ra este caramelo. Quem é que julga ele para falar com o vereador “Azelha da Mota”? Isso é que era bom…vai lá tentar falar com o presidente da tua rua, meu remelas escanzelado!”.
Comentarem, seja lá o que for vindo de um insignificante, “ora, ora! Está bem pileca…vai-te catar!”, devem pensar com grande eloquência. O curioso é que até enviam correspondência sobre o que escrevem para o e-mail do liliputiano e pedem comentários. Ai de quem ousar discordar dos seus iluminados pontos de vista ou formos contra o partido a que pertencem.
Perante estes "trombeiros", porque sou muito educadinho –isto é mesmo de família, já o meu bisavô, que conheci bem e até cheguei a andar com ele ao colo, era igual-, só respondo assim: CAMBADA DE IDIOTAS QUE NÃO VALEM O GRITO QUE O VOSSO PAI MANDOU QUANDO ESTAVA A INUNDAR AS TROMPAS DA VOSSA MÃE!!
Mas uma coisa lhe conto, leitor, nem calcula o prazer que é varrer as fotos desta gente tão importante. Ah pois, faz-me lembrar um amigo meu que diz esta pérola: “os ricos nunca saberão gozar o prazer da última prestação. Este gozo é meu e ninguém mo tira!”.
Está bem que a maioria destes estatutários pardos, fomos nós que, pensando que eles eram gente como nós, isto é, andavam com duas pernas no chão, lhes pedimos amizade. Na continuação, e até nem é preciso muito tempo, verificamos que, afinal, não são nada como a gente. Até se nota no andar: põem as quatro patas no chão, que é para serem mais ovacionados.
Claro que, por enquanto são simplesmente uns eleitos, muitos deles, apenas com direito a senha de presença na assembleia municipal. Agora imaginem se alguma vez chegarem a ocupar a cadeira do poder. De certeza absoluta, apesar da sua propaganda democrática, serão piores que o Marquês de Pombal com o seu “despotismo esclarecido”. Livrai-nos senhor destas “avéculas”, que até me provocam diarreia…
1 comentário:
E concordo inteiramente.
Beijos.
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