quinta-feira, 29 de julho de 2010

UM DESABAFO DE PREOCUPAÇÃO...





 Conforme esta foto, que entre outras e respectivos textos, sobre o mesmo assunto, podem ver-se no site do Observatório Histórico dos Relógios de Lisboa  http://observatoriorelogioshistoricos.blogspot.com o relógio do Arco da Rua Augusta, após mil peripécias e lirismos retóricos, está neste momento sem ponteiros.
Após meses marcados por declarações espantosas sobre pretensas questões técnicas, assiste-se agora a mais este episódio de uma serie de toscas iniciativas que envergonham e descredibilizam a reputação dos técnicos de restauro portugueses.
Desde o início da tentativa de reposição do relógio ao serviço do público, após um pretenso restauro, financiado por uma conceituada marca de relojoaria, culminando numa cerimónia inaugural mediática, com a presença da então ministra da cultura e todo o costumeiro arraial de televisões e jornais, que o relógio do Arco da Rua Augusta nunca funcionou como seria suposto funcionar.
No acto inaugural, foram proferidas espantosas declarações sobre o relógio e o seu mecanismo. Contudo, ninguém reparou que a máquina nem sequer estava aferida ... que as roldanas e cabos de aço tinham porcaria de séculos ... que a pintura é uma vergonha...
Ninguém reparou em nada ... talvez ofuscados pelos holofotes das televisões... talvez por tradição ... neste país quase ninguém repara nos pormenores ...
Agora, após meses, em que se disseram coisas que nem o Maomé diria do toucinho, a fazer fé no Observatório dos Relógios Históricos, os ponteiros terão sido retirados para serem provavelmente substituídos por outros mais leves!... A ser verdade, é mais uma de que nem o Diabo se lembrava!
A concretizar-se, será mais um atentado contra o malfadado relógio do Arco da Rua Augusta e mais uma medalha de mérito para os responsáveis do regabofe.

(RECEBIDO POR E-MAIL DE HERMÍNIO NUNES, "TIC TAC TEMPORIS")

1 comentário:

Anónimo disse...

Interessante.Ideia a copiar para a nossa cidade,este site sobre relógios históricos,não digo o mesmo tema,mas sobre o nosso património,como igrejas e capelas.por exemplo.
Marco