(IMAGEM DA WEB)
Ora vivam! Como é quer estão? Bem? Lá que parece, parece…bom, deve ser do fim-de-semana! Mas e você, que está ai especado a olhar para mim…passa-se alguma coisa? Está um bocadito entretelado, parece aquelas entretelas antigas, todas enroladas. Está não está? Porra, desembuche lá! Não me diga que tenho de continuar a escrever sobre tristeza. Fosca-se!, isto é sina ou quê? Bem sei que você continua impressionado pelo desaparecimento do António Feio. Compreendo. O seu fenecimento marcou-nos muito, sobretudo porque acompanhámos a sua doença passo-a-passo. E depois, para assinalar ainda mais a sua despedida, deixou-nos mensagens espectaculares. Estou a lembrar-me da introdução à estreia do Filme “Contraluz”, de Fernando Fragata –a propósito, já foi ver o filme? Deixe-me dizer-lhe, pelo menos dentro da minha subjectividade, é uma maravilha. Todo o enredo está muito bem construído. Faz-nos lembrar um qualquer realizador americano, Quentin Tarantino, sei lá! A sensação de estar a ver um filme realizado por um português, e, ao mesmo tempo, sentirmos que estamos perante uma grande realização, é espectacular. Não sei se estou a ser claro, mas o que quero dizer é que, no que me toca e salvo raras excepções, perante um filme português temos a sensação que falta ali qualquer coisa, sem se saber bem o que é. Pode ser a história que não nos transporta para além da ficção, pode ser a fotografia que não seja grande coisa, pode até ser da realização. Ou, se calhar, poderá ser um “a priori” que levamos para sala pelo facto do filme ser nacional. Bem sei que, se for este apriorismo, é um bocado bacoco e que devemos saber desconstruí-lo, mas que ele é perceptível em nós, lá isso é. Mas neste filme não senti nada disso. Desde o primeiro momento da projecção que fiquei preso à tela. Aconselho-vos esta fita vivamente. Não vos vou contar o emaranhado da história, logicamente, o que posso adiantar é que se trata de coincidências. Bem sei que você não acredita…eu também não…mas que elas existem…(se calhar) existem. Claro que provas não há. Mas, já agora, que estou para aqui a tentar escrever sobre fenómenos paranormais, vou contar uma passagem que aconteceu comigo.
Há uns tempos escrevi um texto. Porque não tinha nenhuma linha preconcebida, na forma como foi saindo assim o escrevi. Dei um nome ao personagem principal que me ocorreu –normalmente procuro apelidos fora de vulgar.
Conclui a crónica e não pensei mais no assunto. Nesse dia, à noite, estava a ver televisão, quando, por qualquer analogia ao que estava a ver, de repente, veio-me à mente a narração que tinha escrito de manhã. Fui invadido por suores frios: aquela história parecia, na mensagem implícita, direccionada para uma pessoa que lia diariamente o que escrevo no blogue. E mais: até o nome que eu aleatoriamente escolhi indicava que era para ele. Tratava-se de um diminutivo. Como é que eu não me apercebi quando estava a escrever? Essa é a questão.
Já muita literatura foi escrita sobre histórias psicografadas, sob influência de pessoas já desaparecidas do mundo dos vivos. E o que escrevi o que teria sido? Não sei. A verdade é que ainda hoje me pergunto o que teria acontecido…
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