Esta noite, a hora indeterminada, a “Casa Coelho”, na Rua do Corvo, foi assaltada. Segundo o proprietário, o senhor António, “entraram por uma janela do primeiro andar, virada para a rua do pássaro negro”.
E então, tendo em conta a altura, interrogo, como acederam? “Não sei bem –e quem é que sabe? Aqui não mora ninguém…naturalmente, ninguém se apercebeu. Esta zona está entregue a fantasmas…já viu ao que isto chegou?”.
E então, tendo em conta a altura, interrogo, como acederam? “Não sei bem –e quem é que sabe? Aqui não mora ninguém…naturalmente, ninguém se apercebeu. Esta zona está entregue a fantasmas…já viu ao que isto chegou?”.
O larápio, ou grupo, levou vários fatos de homem, várias camisas, gravatas e outros adereços ainda não quantificados.
Foi apresentada participação à PSP. A “Casa Coelho” não tem alarme contra intrusão e, segundo o proprietário, “não se sabe se a apólice de seguro que tenho abrangerá o roubo…o meu filho é que sabe melhor disso”, diz-me com algum abatimento perceptível na voz.
Na Rua do Corvo, perante mais um assalto a um estabelecimento comercial, era notório o desalento. Perante a desgraça do vizinho, é como se os comerciantes, sentindo as barbas a arderem, apenas esperem a sua vez. Quando passava, um deles, vizinho do agora salteado, chamou-me e, com voz de revolta, desabafou: “já sabe do Coelho, Luís? Como é que podemos aguentar isto? Em vez das festas que se fazem –que são importantes, sem dúvida, mas há valores mais importantes-, deveriam era pugnar pela nossa segurança. Por este andar, se não tiverem atenção, um dia destes as alegorias serão só para os toxicodependentes!”. Outro ainda, mais à frente, diz-me: “ó pá, ninguém faz nada por isto? Os assaltos continuam? Eu tenho é de abalar, que o comércio já foi…”
2 comentários:
Lamento mais este assalto. Mas tambem posso afirmar que a maioria dos assaltos nada tem haver com os toxicodependentes, não podem ser sempre eles a levarem com as culpas.Os toxicodependentes tambem frequentam o Continente, Forum e Dolce Vita, e não existem por lá assaltos como na baixa, aliás a maioria dos toxicodependentes não tem arte nem engenho para assaltar uma loja comercial durante a noite.
Continuo a defender que devia ser feito um protocolo entre os comerciantes,CMC e ACIC, com uma empresa de vigilancia privada para fazer rondas de forma sistematica na baixa.Garanto que trazia muita mais tranquilidade e menos custos.
Esqueci-me amigo Luis, eu sei que não ligou o assalto com os toxicodependentes, eu é que aproveitei o seu artigo, para mandar umas "ferradelas" nas consciencias das pessoas, e na facilidade que têm em responsablizar os grupos mais vulneráveis.
Ãbraço
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