terça-feira, 23 de janeiro de 2018

RELEMBRAR AS PROMESSAS QUE SE ESBATEM... (2)







Durante mais de um século, as terras de Ceira, Miranda do Corvo, Lousã e Serpins, foram servidos por comboios a circularem no denominado Ramal da Lousã.
Segundo a Wikipédia, esta linha, que ligava a Estação de Coimbra-B, passando pela de Coimbra-A, até Serpins, foi inaugurada em 18 de Outubro de 1885. Em 16 de Dezembro de 1906 seria prolongada até à Lousã. Em 10 de Agosto de 1930 seria aumentada a linha de caminho-de-ferro até Serpins. Em 04 de Janeiro de 2010, com a promessa de renovação dos carris e material circulante substituído por modernas composições, foi encerrada ao tráfego.
Numa espécie de novela em jeito de tragicomédia, o governo de José Sócrates -2005/2009/2011-, depois de, concursos e mais concursos internacionais, veio anunciar que não havia dinheiro para o projecto. Mas deu para o entretenimento.
Em 02 de Junho de 2017, com pompa e muita circunstância, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Coimbra, em representação da cidade esteve Manuel Machado. Vindo de Lisboa expressamente para o efeito, esteve o governante Pedro Marques, Ministro do Planeamento e Infraestruturas a anunciar o (novo) projecto que substitui a infraestrutura pesada do carril por pequenos autocarros eléctricos a rodar sobre pneus, denominado de Metrobus, e para concretizar até 2021.
Como oradores, estiveram Ana Abrunhosa, presidente da CCDRC, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, e Carlos Pina, o presidente do LNEC, Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Ora, ao que parece, o Orçamento Geral do Estado para 2018 tem uma verba cabimentada de 10 euros. Por conseguinte, a ser verdade o que se lê nas redes sociais, mais uma vez, estamos perante uma enorme fraude, uma pouca vergonha. É certo que ainda faltam quatro anos, até ao final, para realizar o compromisso, mas, perante as notícias,  tudo indica que continuam a a fazer de nós parvos. E não nos deixam muito descansados.
É certo também que os deputados à Assembleia da República do CDS/PP, há quatro dias, questionaram a autarquia de Coimbra e o ministro do Planeamento e Infraestruturas sobre o andamento do sistema de mobilidade do Mondego. Qual foi a resposta da Câmara Municipal e do Governo? Não sei. Ainda não li nada!
Estamos perante mais um embuste?

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