terça-feira, 16 de janeiro de 2018

MAIS UMA LOJA QUE SE APAGA






Segundo publicação na Página da Câmara Municipal de Coimbra (Não Oficial), no Facebook, neste final de Janeiro encerra a “Loja da Laura”, um estabelecimento muito bonito, muito bem conseguido e muito bem posicionado na Rua Eduardo Coelho -no antigo espaço da desaparecida Sapataria Reis- e que tinha por objecto a venda de calçado para criança.
A Loja da Laura abriu portas em Setembro de 2016. Com toda a sinceridade, sendo um projecto agarrado com unhas e dentes pela sua proprietária, Lídia Faria, uma lutadora que, à sua maneira, tentou tudo para que desse certo. Infelizmente, tal como tantos outros que estão na mesma linha de claudicar, não conseguiu. Para a antiga rua dos sapateiros, para a Baixa, é uma perda com custos irreparáveis -sempre que se fecha um estabelecimento, para a paisagem envolvente, é um candeeiro que se apaga. É um pouco de nós que se vai. É um cravo que se espeta na alma da gente.
Relembro também que, com final anunciado para 31 deste mês, estão mais três lojas de proximidade para encerrar: a TLX, na Rua Eduardo Coelho, um grande espaço de comércio de artigos chineses, na Rua das Padeiras, e a Mango, na Rua Ferreira Borges. Por estes dias encerrou também a Laculote, uma casa de pijamas, na Rua do Corvo.

O QUE É PRECISO FAZER PARA ACORDAR A CMC?

Estando a laborar em economia aberta, já todos sabemos que a Câmara Municipal de Coimbra, através do seu executivo, directamente pouco pode fazer para impedir uma abertura ou encerramento de estabelecimentos comerciais, mas, perante esta calamidade, não pode fechar os olhos. Pelo que está acontecer na Baixa, pela passividade que ofende a dignidade de todos quantos amam a sua cidade -já para não falar dos que vêem o seu presente ameaçado e o futuro sem esperança-, não se pode aceitar de ânimo leve esta apatia, este deixa-correr por parte dos políticos da Praça 8 de Maio. É simplesmente vergonhoso o que está acontecer em Coimbra, à sua zona histórica. São constatações e paradoxos que não se entendem.
Em nome de todos os comerciantes que já partiram, dos que partem e os que estão na fila, é escandaloso, é lamentável, é triste termos contribuído para eleger autarcas que, pela sua insensibilidade, não servem para governar a sua cidade.

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