Tudo indica que se continuarmos neste sistema económico/financeiro europeu, num futuro muito próximo, será assim que nos transformaremos: corpo de humano e cabeça de cão. Veja-se, por exemplo, o que não se irá poupar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Incorporando o SNS na rede veterinária nacional, passará a haver o Serviço Nacional de Saúde do Animal. E mais, acaba-se de vez, em exclusivo, com os protestos desta sociedade protectora dos animais de quatro patas. Passará a haver apenas a Associação de Protecção dos Bípedes e Quadrúpedes.
Como deixaremos de pensar -os eurocratas fá-lo-ão por nós-, apenas teremos uma necessidade básica que é comer. O recipiente em plástico que se vê na imagem será o que cada cidadão -cidadão não, eurobrão, que é uma mistura de europeu com cão/cabrão- irá receber diária e gratuitamente –sublinho a gratuitidade. É lógico que será uma alimentação à base de granulados –o que também vem resolver as mal explicadas reformas agrárias e acaba-se de vez com o elevado défice da balança de transacções.
Naturalmente –mesmo sendo contranatura passará a ser natural- começar-se-á a praticar a Eugenia. A prática de sexo, tal como a conhecemos até aqui, será extinguida –aqui também se resolve o irresolúvel problema da prostituição. Cada membro macho do casal de animais – hetero ou homo, essa discussão deixa de contar- passará a ter uma pulseira electrónica para controlar os impulsos de testosterona. A reprodução passará a ser sempre assistida. Isto é, haverá os “cobridores” do regime que garantirão uma selecção de animais para o futuro –com a depressão financeira que se adivinha, não faz sentido continuarem a nascer deficientes e outros animais com maleitas. Só dão despesa e os tempos que se avizinham não estão de feição.
Naturalmente que deixaremos de ter eleições -vejam lá bem o que não se poupa-, que, aliás, hoje já não fazem qualquer sentido, uma vez que quem governa é a Comissão, o Fundo de Estabilidade e o FMI –num futuro próximo, a estas entidades teremos de juntar a China e a Índia. Hoje as eleições -nos países onde houver, porque para eleger um governo já não é necessário sufrágio- são simplesmente uma fraude política.
A Democracia, em que o povo directa ou indirectamente escolhe os seus representantes e tal como a conhecemos, desaparecerá. Será substituída pela Forticracia, que será o regime de governo dos fortes -eleitos entre eles. Não é que já não seja assim. A diferença é que deixaremos todos de andar enganados. Passa a ser institucional -ou melhor obrigatório e sem discussão- e plasmado na Cartilha da Oligarquia.
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