domingo, 5 de junho de 2011

OS "ACAMPAS" ENCERRAM HOJE?





 Segundo o Diário de Coimbra de hoje, “permanecem no local -junto ao Panteão Nacional- até hoje, dia de eleições legislativas”.
À hora do almoço conversei com um dos elementos deste protesto –que saliento, me identifico pela substância, não pela forma continuada de permanecerem ali “ad eternun”. 
Segundo este elemento, não sabiam se iriam continuar ou não. “As assembleias têm sido pouco concorridas, normalmente por três ou quatro pessoas, e isto desmotiva completamente a continuação do protesto."
Quando lhe pergunto senão seria muito mais correcto acabar hoje, e antes de serem deslocados pela polícia, diz o seguinte:
-Não sei. Não sei muito bem o que vai ser decidido hoje. Logo se verá…
-Mas você não acha que, se saíssem pacificamente, convocando, por exemplo, uma conferência de imprensa, a mensagem passaria muito melhor?
-Não sei. Tenho dúvidas. Parece que ninguém está interessado na mensagem…
-Bom, a meu ver, se calhar porque vocês prorrogaram demasiado o protesto no tempo e isso leva a perder a conquista inicial da surpresa…
-Não sei. Se calhar não. Nós estamos a fazer aqui o mesmo que se fez em Madrid e em Lisboa. Nós não queríamos levantar antes dos de Lisboa, para não parecer que estávamos com medo…
-Pois, mas agora aconteceu que os manifestantes do Rossio saíram à força. Ou seja, portanto, a meu ver, já nada vos prende aqui…
-Não sei. Vamos lá ver o que se decide hoje na assembleia…
-Vocês não têm ninguém que mande, que assuma a hierarquia?
-Não senhor. Nós protestamos exactamente contra essa mesma hierarquização. É tudo decidido em assembleia…
-Quer dizer então que não sabem se saem daqui hoje?
-Não sei… vamos ver…

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