domingo, 5 de junho de 2011

INCÊNDIO NAS FANGAS




 Esta madrugada, por volta da 01 da manhã, deflagrou um grande incêndio na antiga Rua das Fangas –“fanga” era uma medida de cereais equivalente a quatro alqueires e hoje caída em desuso-, actualmente está baptizada de Rua Fernandes Tomaz, junto ao Arco de Almedina.
O estreito edifício, encravado entre dois mais altos, propriedade da senhora Noémia, e mesmo ao lado do “Fangas Bar”, ficou parcialmente destruído, com a ocupante a ter de procurar alojamento temporário. Segundo uma vizinha, o fogo passou ainda para um dos prédios ao lado, tendo destruído parte do telhado.
Hoje, ao início da tarde, a indignação na rua era uma labareda que arrastava. Dizia-me uma senhora à janela, “já viu esta vergonha? As bocas-de-incêndio não funcionaram, tal-qualmente como há meses ali na Rua Visconde da Luz. Olhe, aquela ali em cima –e apontava- não tinha água. Aquela ali de baixo, com tampa dos Serviços Municipalizados de Coimbra, não a conseguiram abrir porque não tinham chave. Diga-me lá, isto não é uma vergonha? Podíamos ter ido todos. É ou não é? Sobretudo quando, como se sabe, esta zona é constituída por edifícios velhos!”
Diz outro, “olhe foi uma sorte ser à hora que foi. Se fosse mais cedo, com os imensos carros que costumam estar aqui estacionados, iria tudo a eito. Olhe, foi a mão de Deus!”

UM BARRIL ALI AO LADO E UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA



 Diz outro vizinho, escreva lá que um dia destes ali, naquele prédio velho –e apontava o dedo- vai acontecer outra desgraça,  e não vai tardar. Está lá a morar de favor uma rapariga que se “enfia nos copos” e usa velas para se orientar durante a noite. Só estamos à espera da data da deflagração, porque que vai ocorrer, lá isso vai!”


Sem comentários: