quarta-feira, 29 de junho de 2011

CONTINUAM A CHEGAR MANIFESTAÇÕES DE PESAR PELA MORTE DO "ASPIRANTE"



Rui Pratas deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

 
 Esteve cá na loja, faz amanhã oito dias. Pediu-me “50” e eu respondi que lhe dava às cinco. Azar o meu, ele olhou para o relógio e já eram cinco e um quarto, pelo que respondeu: "Não pode.. “xão” mais de “xinco”!". Mas logo concluiu: "Às “xeis”, “mi dás às “xeis”. E saiu porta fora. Foi a última vez que o vi. Nunca lhe dei dinheiro porque sabia que o ia gastar nos “criminosos”que lhe vendiam álcool.
Que descanse em paz!

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Luís Bartolessi deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Obrigado, ó Luís, pelas moedinhas de 20 cêntimos, pelos rebozinhos de mil colores com que enchias a funda do sax.

Obrigado pela florzinha vermelha, e pela branca, e pela amarela que um dia ou outro deixavas cair.
Obrigado pela companhia nos dias largos de tocar e tocar sem receber mais do que a tua amizade, essa tua “moeda” de ouro que sempre brilhava ao sol.
Obrigado pelos gritos que espalhavas pelas ruas fora em nome de todos nos.
Que será de Coimbra sem ti? 

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Lucília deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Fiquei muito comovida quando hoje o meu irmão Daniel me telefonou para me dizer que o Luís Miguel tinha morrido. Conheço-o desde que começou a vaguear pela cidade -ia à minha loja pedir chicletes, sempre que passava. Outras vezes no café da loja do lado. Mas, mais do que as chicletes eu dava-lhe atenção e carinho. Era um menino grande. Os ignorantes riam-se dele e eu acalmei-o muitas vezes como se fosse a mãe -ele entendia e, dentro da sua loucura, dizia-me: "Tu és Deus… és tio e avô...avô morreu… está na Conchada" -e chorava muito.
Quando a mãe morreu, eu soube só um mês depois -fiquei impressionada. Quando ele me apareceu, magro e mais perdido ainda, perguntei-lhe: “então Luís, a mãe? Respondeu a chorar: "a mãe, de noite… “hopital”… morreu". A seguir deu-me um beijo de menino triste e disse de repente: "tu “hopital” não… eu vou contigo. Tu és do melhor… tu és Deus"!
Nunca mais pude esquecer-me. Querido e pobre Luís. Quem era capaz de se rir de ti? Até sempre, amigo.
Lucília Abrunheiro 

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Alexis deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

good man!!! :(

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PAL deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

RIP Luis.


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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Conheço bem a família. Bem... de facto alguns relatos são verdadeiros, infelizmente outros nem por isso.
O Miguel era um rapaz vigoroso, atleta, de facto. Foi aspirante na tropa, mas não me recordo que tenha seguido. Sofreu um acidente de viação muito violento, numa daquelas aventuras desregradas onde o álcool predomina. Se bem me recordo o condutor não se safou. A bem ver, nem o Miguel, como era conhecido. Quero realçar que os pais receberam uma indemnização bastante avultada da seguradora, suficiente para uma correcta reabilitação e para um resto de vida tranquila. Acontece que o dinheiro serviu apenas para que a mãe (que realmente faleceu no ano passado, ou inicio deste, não sei bem precisar) se demitisse permanentemente da vida activa, recusando trabalhar mais.
O coitado apenas via uns tostões de vez em quando, um relogito dos chinocas, que ele tanto gostava. A mãe comprou um papa-reformas, e uns tarecos valentes lá prá casa.
E o pai? Sabem quem é? Pois esse também chupou umas notas valentes! Mais, AINDA É VIVO! É ex-militar, perdeu um pé na guerra colonial mas está perfeitamente válido e activo. Usa uma prótese que lhe confere total autonomia. Sei que aufere uma valente reforma pelo serviço militar e pelo acidente que sofreu.
O seguro de responsabilidade civil cumpriu a sua missão. Conheço muito boas IPSS's que tomariam bem conta do Miguel por esse dinheiro. Mas o português típico (preguiçoso, indolente, irresponsável) contribuiu para este desenrolar...
No entanto, é uma vida que se perdeu, mas não agora, perdeu-se há muito tempo... 




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