Em Setembro último todo o passeio em frente ao hotel Oslo, na Avenida Fernão de Magalhães foi alargado e todo empedrado com calçada portuguesa. Durante algumas semanas os comerciantes adstritos à zona repavimentada sofreram os inconvenientes naturais de uma obra de rua. Agora, passados 5 meses, funcionários da empresa Águas de Coimbra, com o propósito de substituir um colector, rebentaram com o passeio.
Um dos comerciantes junto à obra, pedindo o anonimato, completamente agastado com a situação, com os braços a gesticular, interroga: “como é que é possível uma coisa destas? Só queria que visse como estava o passeio todo lisinho, até dava gosto passar ali. Agora, sabe-se lá por alma de quem, vêm estes e rebentam com tudo o que estava feito. Até me faltam as palavras pela indignação! Olhe que em Setembro já aguentámos aqui, durante várias semanas, o pó e o dissabor de vermos as nossas entradas cheias de pedras e cimento, e agora, num completo desconcerto, depois da obra feita, vão abrir um rasgo outra vez? Mas será que quem coordena estes serviços na Câmara Municipal não terá obrigação de fazer um planeamento atempado e de modo a que de uma vez só se faça tudo? Não digam a ninguém que estamos em crise. Com serviços públicos a estragarem dinheiro dos contribuintes assim, realmente, havemos de ir muito longe! Não há dúvida! Olhe, escreva lá no seu blogue que é uma vergonha! Se na minha empresa tivesse funcionários a trabalhar assim para mim, só estavam comigo um dia! Esta gente estraga, porque não é deles! E mais, actuam em completo desrespeito por quem sofre os efeitos da sua incompetência”, desabafo de um comerciante com estabelecimento junto ao hotel Oslo.
E como é que o presidente da junta de freguesia de São Bartolomeu, Carlos Clemente, vê esta questão? “Olhe, meu amigo, não tenho palavras para classificar o que se está a passar. É uma vergonha! Os serviços das Águas de Coimbra e os da Câmara Municipal actuam cada um para seu lado sem qualquer coordenação. É uma desarticulação total. Já falei com a engenheira responsável pelas obras nas freguesias e, junto dela, manifestei o meu protesto. Eu vou estar atento à forma como vão deixar o passeio. Eu quero que deixem tudo igual a como encontraram!”, enfatiza Carlos Clemente.
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