segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

UM MÚSICO NA NOSSA RUA...





 Quem hoje passou à hora do almoço na Rua Ferreira Borges, certamente, foi surpreendido pelos sons harmónicos saídos de um acordeão e executados em notas por um músico.
Por ser a primeira vez que o vi na Baixa, vamos lá saber o seu nome e de onde vem. “Chamo-me José Carlos e sou natural da Figueira da Foz. Sabe, sou electricista mas estou desempregado. Como gosto muito de música, há cinco anos comecei a aprender acordeão. Mal sabia eu que mais tarde, hoje, seria uma ferramenta. Então, como não gosto de andar ao alto, e há uns anos fiz uma experiência numa cidade mais para Norte e correu bem, decidi vir para Coimbra tentar a minha sorte. Na Figueira, agora no inverno, aquilo é um deserto. Ainda só estou aqui há menos de uma hora, mas –olhando para o casaco com algumas moedas-, olhe, sempre vai dando alguma coisa. E eu preciso, sabe? Uma pessoa sem trabalho, aos poucos, vai-se transformando numa coisa imprestável, está a entender? A gente precisa de ocupação, de se sentir útil…compreende? E diga-me, como é aqui a Polícia Municipal? São muitos chatos? Disseram-me que, sobretudo, no último ano, os agentes se tornaram mais humanos…é verdade? É que sabe, parece que é preciso uma licença para tocar aqui na rua, é não é? Mas eu não tenho dinheiro para a ir tirar. Acha que os agentes irão ser compreensivos comigo?…"

2 comentários:

Ze Carlos disse...

Ai como está o meu querido Portugal!...
País de Lusitanos,povo apaixonado e sonhador;São quase 1000 anos de histórias,mas agora andam pr'aí a dizer que não é económicamente viavel...

Ze Carlos disse...

Ái como está o meu
querido Portugal!...
País de Lusitanos,
povo apaixonado e sonhador,
São quase 1000 anos de histórias,
("agora andam pr'aí a dizer que
não é económicamente viável...")