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Mais logo, quando o seu relógio marcar 17h00, e até às 18, pode ouvir, aqui, na Rádio Regional do Centro o programa debate “Palavras Soltas”. É um programa leve, pelo menos no sentido de fugir aos paradigmas habituais, em que os comentadores residentes serão, mais ou menos, como o “Doutor XPTO”, com letra grande, como está na placa do consultório; o “Senhor Doutor Burrozellas da Costa, com dois “RR” e dois “LL”, ilustre candidato à distrital do partido NLM, Não Me Lixes Mais; e o Senhor Engenheiro Bruto Como ó Caraças, vereador da oposição na Câmara Municipal, eleito pelo partido AET, Agarrem-me Enquanto é Tempo.
Não é preciso dizer que tudo o que é dito por estes insignes tribunos são verdades sem contestação. De tal modo que as frases debitadas na telefonia saem a grande velocidade, assim como água a correr num riacho…no inverno, é claro. É tão importante para os ouvintes que as vírgulas agacham-se por respeito, os dois pontos evaporam-se, as reticências transformam-se em parágrafos e a interrogação desaparece no éter. Firmes e hirtos como uma barra de ferro só permanecem os pontos de exclamação. Quase que é possível ouvir a concorrência entre eles “Ah!...Ah!...Ah!”.
Ora aqui no “Palavras Soltas” não acontece nada disto. Os arguentes são simples e banais….como outros tais…como eu, por exemplo. Um destes é o Mário Martins, um jornalista “bacano”, sem peneiras e que de grosso –salvo seja, que não se faça confusão- só tem a voz. Embora o conheça há pouco tempo já deu para ver que é um sujeito de boa pinta e equilibrado. Nos últimos tempos, apanhou um febrão, do mesmo tipo da carraça, e agora, não pode com a filosofia de Sócrates. Basta citar este nome, dá logo em espirrar que parece um chuveiro. Diz que qualquer outro serve, Platão, Demógenes, ou até Decartes…Sócrates é que nunca mais!
Outro, assim na mesma linha, que é tipo fixe, é o José Cardoso, um jovem, cheio de vontade de construir, um ideólogo de quem, no futuro, muito se ouvirá falar. Um perfeccionista. Um cidadão respeitoso e respeitável no trato, que só fala quando um burro baixa as orelhas –aqui, ao falar em jumento, refiro-me a mim, obviamente.
E então o terceiro, sinceramente, nem me apetece apresentá-lo (por acaso sou eu!). Embora tenha aspecto de gente, bem entroncado, às vezes, pelo que diz parece mesmo um asno. Eu seja ceguinho se não estou certíssimo. Ouçam o programa e verão que tenho razão. Então não é que este asinino, que é dos lados do Luso, nascido e criado, mais logo vai dizer que este recanto paradisíaco é uma aldeia? Aldeia? Queira Deus que os burriqueiros –os habitantes de Luso- não ouçam. Aliás, até era bom que ouvissem, que era para quando o gajo lá fosse apanhar água à fonte das onze bicas o correrem à pedrada ou lhe chegarem a roupa ao pêlo. Admite-se uma coisa destas? A depreciar a sua própria terra? Se ao menos dissesse que era cidade, ainda vá que não vá, agora chamar-lhe aldeia?! Porque é que levaram para lá este gajo, se não dá uma para a caixa? A culpa é do Carlos Gaspar, o radialista e director comercial da Rádio Regional do Centro. Isto, às tantas, foi uma grande cunha! Ai, de certeza! Só pode!
Olhe, só para se rir das asneiras que este gajo diz…(que por acaso sou eu), se fosse a si, só para gozar, ouvia mesmo o programa. Já sabe que entre as 17 e 18h00. Como se vai rir muito, faça o favor de verificar a dentadura…sei lá!, não vá ela saltar!
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