A Rua Adelino Veiga, sensivelmente até ao ano 2000, foi a rua comercial mais importante da Baixa da cidade. Hoje, nos seus cerca de 150 metros de comprimento, é um dó percorrê-la. É a artéria do Centro Histórico com mais lojas encerradas. Há dias encerrou outra. No total, agora, perfaz uma dezena.
Se Adelino Veiga, poeta popular, fosse vivo, provavelmente, com mais talento do que eu, escreveria assim:
Para onde vais rua minha,
que não consigo te esquecer,
foste a musa da baixinha
no contento do meu querer
hoje, amor, estás mortinha,
como se fosses desaparecer,
diz a quem te deixa sozinha,
mais aos que te vêem morrer,
e a alguém que te espezinha,
de memória parece enfraquecer,
que num tempo já foste rainha
de um comércio a renascer,
lembra e toca a campainha,
não te deixes esmorecer,
minha amada, queridinha,
estás tão só, a empalidecer,
meu amor, minha madrinha.
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