quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"BAIXA É OPÇÃO ESTRATÉGICA DO PS"

(FOTO DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)

 Segundo o jornal Campeão das Províncias online, a "conservação do património e a reabilitação urbana na área central da cidade "é uma das principais opções estratégicas para os socialistas...". Leia aqui.

 É política partidária, sim senhor. E depois? Não é para isto que serve a oposição na Câmara Municipal de Coimbra? O que me admira é, depois de tanto tempo de apatia, só agora a concelhia do partido Socialista ter chamado a si esta ruína que toca a todos. Claro que sei porquê. "Rei morto rei posto", para a frente é o caminho! Fez muito bem o dirigente concelhio Carlos Cidade ter pegado neste tema que é tão marcante e profundo para todos os conimbricenses. É isto mesmo que se espera de um líder do maior partido oposicionista na edilidade.
Sempre escrevi que as principais medidas para estas zonas históricas -sobretudo a partir do Regime de Arrendamento Urbano- terão de vir da Assembleia da República e do Governo, mas, tendo em conta, na cidade, a apatia crescente da última década, e que as demolições do Metro vieram salientar e aprofundar ainda mais as mazelas desta zona de antanho, a autarquia teve e tem obrigação de fazer muito mais e melhor do que fez até agora. Para quem cá reside e trabalha, não importa de onde vêm as medidas, se é da esquerda se é da direita, é preciso é que venham. Estamos todos fartos de discursos do tipo "eu gosto muito da Baixa, ando por aqui à noite, e até moro cá!". Este "panfletarismo" ideológico, vazio de conteúdo, já foi, já não serve e mostrou que não era para levar a sério. Agora, o que queremos ver é os decisores políticos arregaçarem as mangas e mostrarem o que valem. Se tiverem vontade, mesmo condicionados pela anacrónica lei do arrendamento, podem fazer muito.
A oposição, ao chamar a si este problema, está a fazer o que deve e a trabalhar para o futuro. As próximas eleições autárquicas, em Coimbra, serão ganhas por quem mostrar arrojo e empenho nos dois anos e meio que faltam. E há muito para fazer...

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