terça-feira, 10 de agosto de 2010

RISO DE ENIGMA


(IMAGEM DA WEB)


Esse olhar de feiticeira,

provinda do nevoeiro,
não sei qual a maneira,
os cabelos em cativeiro,
parecendo alcoviteira,
buscando companheiro,
apalpando a algibeira,
em tristeza de boieiro,
apanhando a bebedeira
na adega do Zé Barbeiro,
que cortando a cabeleira,
foi chamando batoteiro
troca-tintas em asneira,
para chegar ao canteiro,
disse que era beijoqueira,
que esperava do carteiro,
uma carta de brincadeira,
de um amor aventureiro,
a mulher casamenteira,
exigente como brigadeiro,
não se entregava à primeira,
cantava no cancioneiro,
as tradições da Beira,
era um Sol tipo braseiro,
exército de uma ceifeira,
vereda de caminheiro,
numa paixão verdadeira,
revolve a terra e o celeiro,
em alegre cavaqueira,
pode até ser um bombeiro,
com um ramo de cidreira,
tem é que ser muito certeiro
para lhe apagar a lareira,
e evitar sonhar brejeiro,
assim é a feiticeira.



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