sexta-feira, 13 de agosto de 2010

IDOSA MORRE À FOME...


(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)

 É perante notícias como esta que se lê, aqui, no "Correio da Manhã" que sinto que não devo desistir de escrever. Este caso, tenho a certeza, se fosse do meu conhecimento, aqui na Baixa da cidade, não teria acontecido. Esta senhora não teria morrido à fome. É este o trabalho "pro bono" que cabe a quem escreve: ajudar quem precisa e não tem voz.
Escrevo isto porque todos os dias, em solilóquio com os meus botões, penso que tenho de acabar com a  escrita. Estou farto. Todos os dias faço a mesma pergunta: escrevo para quem? Escrevo para quê? E não é simplesmente a pergunta de retórica que está em causa, é que esta actividade de escrever todos-os-dias rouba muito tempo ao ganha-pão. Esse, verdadeiramente, é o problema. Vou continuando até um dia, mas, sem dúvida, esta notícia deixou-me com a certeza que faço algo de útil...

4 comentários:

Anónimo disse...

Sim, andamos demasiado desatentos a estas questões que de facto nos deviam ocupar enquanto seres humanos.

Jorge Neves disse...

Andamos mas não todos, mas concordo que quem mais se depia preocupar cospe para o ar.

noname disse...

Choro a senhora...
E envergonho-me do meu país, que deixa morrer os seus à fome... fingindo não ver que a há.. há e muita... cada vez mais.
Mas... boas, são as estatisticas que dizem preto no branco que cada um de nós come pelo menos meia galinha por dia... Quem desmente tais escritos? estas senhoras... se calhar não gostavam de galinha, dirão as cabeças pensadoras do "meu" país...
choro-vos senhoras e peço perdão pela minha cegueira.

LUIS FERNANDES disse...

Obrigado a todos por terem comentado o que se diz ao balcão da minha taberna.
Obrigado aos três.
Ah... é verdade... vai um copito? É bom...é do lavrador...