Em Janeiro, aquando da estreia do filme "Avatar", constatei que nos estavam a fazer passar por lorpas. Isto é, com o argumento de que o filme era de “efeitos especiais”, tínhamos de comprar umas lunetas e, de cada vez que fôssemos visionar a fita, obrigatoriamente, teríamos de pagar 1 euro. Ou seja, se no dia anterior tivéssemos adquirido os óculos de plástico, e pago a importância solicitada, no dia seguinte, para ver o mesmo filme, os óculos adquiridos anteriormente, segundo as instruções dos funcionários, não serviam e éramos obrigados a pagar mais um euro e a levar mais uns óculos para casa.
Segundo a minha opinião da altura, estávamos perante uma clamorosa ilegalidade especulativa e lavrei o meu protesto no Livro de Reclamações. Como eu, pelas imensas reivindicações subscritas no livro, verifiquei que várias pessoas se tinham sentido lesadas pela distribuidora.
Ou fosse por isso ou não, a verdade é que hoje o Jornal de Notícias, em título, apregoa a quem quiser ler: “Pague os óculos e volte a levá-los –Filmes 3D já tinham bilhetes mais caros e agora há que pagar o equipamento, que é reutilizável”.
Talvez por esquecimento –ou não, porque este jornal pertence a um grande grupo económico de comunicação e que faz parte também uma grande distribuidora de filmes-, na notícia, não é feita referência aos muitos protestos lavrados em acta nos muitos “multiplex” do país, mas também para o caso pouco importa. O que é importante e se releva é que a entidade Reguladora corrigiu um abuso de posição dominante…
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