sábado, 10 de abril de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "O JANTAR REIVINDICATIVO DOS COMERCIANTES":



 Infelizmente, é com muita tristeza minha que encaro a situação da Baixinha de Coimbra e do Centro Histórico da nossa cidade, praticamente ao abandono, e a degradar-se mais a cada dia que passa.
A diminuição da população nas últimas décadas na Freguesia de São Bartolomeu é um dado assente.
É uma população envelhecida e maioritariamente carenciada, que não possui rendimentos suficientes para reabilitar os edifícios. Não irão ser os condomínios privados que se constroem nas periferias que vão combater a desertificação. É necessário aproveitar as infra-estruturas já existentes, para assim podermos remodelar e dar vida nova ao Centro Histórico da cidade. Urge dar a conhecer a todos os cidadãos de Coimbra, que o seu centro da cidade irá continuar a estar entregue ao abandono, com o encerramento e a deslocação diária de estabelecimentos comerciais para as grandes superfícies. Não me espantaria nada que, dentro de alguns poucos anos, os serviços camarários, mudem para um novo edifício administrativo, com enormes custos mensais à autarquia e consequentemente aos munícipes, em nome de uma politica de proximidade.
Qual será o futuro dos pequenos comerciantes que ainda vão resistindo pelo Centro Histórico?
É por tudo isto que existe a obrigação de apostar nas obras de conservação e no cada vez maior mercado de arrendamento dos edifícios desta zona velha da cidade.
É urgente utilizar todos os mecanismos possíveis para a recuperação urbana da Alta e da Baixa de Coimbra. É necessário trazer os jovens de novo para aqui, e para isso há que criar residências universitárias, recuperar os prédios e disponibilizá-los para fogos de habitação a uma população mais nova. Desenvolver um programa de habitação jovem nos núcleos de formação histórica. Alguns dos edifícios são de grande dimensão, como T4 ou T5 ou até alguns T6, o que permite a sua reconversão, aumentando o número de casas disponíveis.
Desta forma, cada fogo pode permitir construir pelo menos 3 novas casas, requalificando e transformando-se, em grande parte, em casas mais pequenas de maior interesse para os jovens.

Jorge Neves
Vogal do Bloco Esquerda
Freguesia São Bartolomeu

(Nasci, brinquei, estudei, cresci nas ruas da Baixa e ainda hoje mantenho aqui a minha residência)

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