(IMAGEM TOMADA DE EMPRÉSTIMO, COM A DEVIDA VÉNIA, AO BLOGUE "ALMA PÁTRIA")Esta noite passada, calhou em sorte, na Baixa, à Perfumaria David ser assaltada. Situada numa das artérias mais desertificadas do centro histórico, a Rua Adelino Veiga, de pouco valeu o grito de uma vizinha do estabelecimento, cerca das 3H00 da manhã. Será caso para interrogar: gritou para quem? Para as andorinhas? Mas estas já vão a caminho do Norte de África. Só elas poderiam dar o alarme pelo barulho produzido, mas, infelizmente, até elas abandonaram a Baixa em busca de um melhor clima.
Calmamente, dois encapuzados encostaram uma carrinha à porta de vidro, estilhaçando-a, entraram dentro da loja e carregaram, à vontade, vários milhares de euros em perfumes. “Ainda há dias tínhamos recebido uma grande encomenda para o Natal, veja como ficaram as prateleiras, enfatiza a funcionária, apontando as estantes com meia dúzia de frascos, e ao mesmo tempo que vai tomando nota das faltas desaparecidas em combate, como quem diz em mais uma intrusão.
Continua a empregada da casa, “eram profissionais. Sabiam muito bem o que era bom. Só levaram as melhores marcas”.
O dono do estabelecimento, o senhor David, como se já estivesse habituado a esta vida anómala, a mais um assalto, lá vai dizendo “o que se há-de fazer?”.
Quando lhe pergunto se tem seguro, responde-me que sim, como se sentisse um pouco aliviado.
O estabelecimento não possui alarme nem grades de protecção.
Calmamente, dois encapuzados encostaram uma carrinha à porta de vidro, estilhaçando-a, entraram dentro da loja e carregaram, à vontade, vários milhares de euros em perfumes. “Ainda há dias tínhamos recebido uma grande encomenda para o Natal, veja como ficaram as prateleiras, enfatiza a funcionária, apontando as estantes com meia dúzia de frascos, e ao mesmo tempo que vai tomando nota das faltas desaparecidas em combate, como quem diz em mais uma intrusão.
Continua a empregada da casa, “eram profissionais. Sabiam muito bem o que era bom. Só levaram as melhores marcas”.
O dono do estabelecimento, o senhor David, como se já estivesse habituado a esta vida anómala, a mais um assalto, lá vai dizendo “o que se há-de fazer?”.
Quando lhe pergunto se tem seguro, responde-me que sim, como se sentisse um pouco aliviado.
O estabelecimento não possui alarme nem grades de protecção.
1 comentário:
Continuo a defender que as grades de protecção quase nada resolve, e descaracteriza as ruas da baixa.
Mais uns assaltos a estabelecimentos comerciais na baixinha durante a noite, mais uma ronda de polícias acompanhados com os respectivos cães para se fazer ver em época eleitoral que as ruas são patrulhadas. É assim que os moradores, comerciantes e visitantes das ruas da baixinha convivem diariamente com a (in) segurança.
Já escrevi diversas reflexões( algumas não passaram na censura dos jornais locais) sobre a baixinha e a insegurança da mesma, cada vez sinto que tenho mais razão, quando afirmo que a segurança na baixinha não se resolve com protocolos para os comerciantes colocarem gradeamentos nas montras e portas (últimos assaltos demonstram isso mesmo).
A baixinha, seus moradores e comerciantes só voltam a sentir segurança, quando se iniciar a recuperação do centro histórico como espaço habitacional de excelência, através da recuperação das habitações com rendas controladas, criação de condições de apoio a famílias e a criação de residências universitárias.
É urgente a revitalização do centro histórico para a cultura/ lazer e revigorar o espaço central de comércio e serviços.
Só com o politicas de rejuvenescimento, requalificação e revitalização, voltamos a ter vida e segurança na baixinha de Coimbra.
Basta ter vontade de trabalhar, meios humanos e físicos existem.
Jorge Neves
Candidato Bloco Esquerda
Freguesia São Bartolomeu
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