segunda-feira, 15 de setembro de 2008

UM CORAÇÃO ABALADO



Margarida é uma flor,
olhos verdes a brilhar,
como sol da meia-noite,
no Pólo Norte a dançar;
Margarida era segura,
nada a fazia tremer,
era uma rocha dura,
onde o mar ia bater;
Um dia a coisa mudou,
a menina, brecha abriu,
um raio a penetrou,
Margarida mal sentiu;
Mas o raio era efémero,
e partiu sem avisar,
a menina ficou triste,
sem esperança dele voltar;
Margarida agora chora,
em ter dado uma abertura,
já se fechou numa concha,
agora é muito mais dura;
Olha o chão, apanha os cacos,
duma relação partida,
já deixou de acreditar
em homens, está ressentida;
Mas ela vai recobrar,
podem ter toda a certeza,
ter caído em tentação,
deu-lhe forças na fraqueza.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por me sentir retratada nas suas singelas palavras apenas posso acrescentar: "Aquilo que não nos mata, fortalece-nos". E eu hei-de sobreviver...
Mar