terça-feira, 30 de setembro de 2008

EM LISBOA É O QUE SE SABE, E EM COIMBRA?



Como todos temos lido nos Jornais, em Lisboa, a Câmara Municipal andou durante sucessivos executivos a distribuir casas em jeito de presente no sapatinho a vereadores, a artistas, amigos e outros quejandos.
Para além da sua iniquidade, e contrário ao seu objecto social, estas benesses em vez de contribuírem para revitalizar o centro histórico, dentro de uma política pública de habitação aos mais carenciados, sobretudo aos mais jovens, –obviamente por sorteio-, as habitações, propriedade da autarquia, serviram para “servirem” (passando a redundância) os compadres e as comadres que fossem filiados nos partidos dos executivos que foram passando. Exactamente favorecendo quem menos necessitava.
A talhe de foice, talvez fosse bom saber o que se passa em Coimbra. Se a autarquia souber responder, poderíamos começar pelo número de casas existentes na cidade e que é de sua propriedade. Depois, na Alta e na Baixa, talvez o vereador da habitação, Gouveia Monteiro, pudesse informar de que modo, e a quem, têm sido atribuídas as habitações.
O que sei é que também aqui, em Coimbra, a atribuição de casas é feita um pouco com base na “camaradagem”. Não ponho em dúvida de que os beneficiários serão pessoas necessitadas. O que é preciso é mostrar a forma como são arrogadas.
Talvez fosse bom, a bem de quem trabalha na Baixa e na Alta, que o executivo de coligação da Praça 8 de Maio, mostrasse a relação de casas de sua propriedade e, ao mesmo tempo, declarasse o modo de as atribuir. Convém não esquecer que esta outorga de habitações é uma ferramenta fundamental na revivificação do centro histórico.

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