quinta-feira, 8 de setembro de 2022

MEALHADA: SOCIALISTAS AFIAM ESPADAS PARA ESCOLHA DE GENERAL

 



Com a mesma certeza como se anunciasse o advento do Outono, o texto no mural do Facebook de José Calhoa, ex-vereador da Câmara Municipal da Mealhada na vigência de Rui Marqueiro, embora escrito com canetinha de lã, é claro na intenção: vou ser candidato às eleições da concelhia do Partido Socialista!

Ou seja, estamos no tempo de afiar espadas para ser escolhido pelos militantes um novo general, ou o mesmo, que é nos dias que decorrem Rui Marqueiro, actual líder da oposição no executivo, já que ainda não se conhecem as suas intenções de ser, ou não, recandidato.

O artigo começa assim:


Camaradas, simpatizantes e amigos,

Tenho nos últimos tempos sido desafiado por inúmeros militantes e simpatizantes, para protagonizar um novo ciclo político no PS Mealhada.

(…) Este é um tempo novo.

Apresento, por isso, a minha disponibilidade para liderar este tempo novo no PS/Mealhada, consciente da exigência dos tempos que atravessamos.

(…) Conte connosco para impulsionarmos um concelho com mais oportunidades e mais esperança.

Conto consigo para construir o futuro.”


UM TEMPO NOVO, O TEMPO DAS GRANDES DECISÕES


As eleições para eleger o líder da concelhia decorrerão no próximo Outubro.

José Carlos Calhoa Morais é administrador (não executivo) da ERSUC, Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro, SA. Nomeado por Rui Marqueiro como representante da autarquia no Conselho de Administração da empresa de resíduos, com a perda de eleições no último Setembro, veria revogada a sua representatividade pelos novos vencedores em reunião da Câmara Municipal do passado 27 de Julho. Sobre esta queda de confiança diria António Jorge Franco, actual presidente da edilidade: A Câmara não se revê no actual representante” (eleito no tempo de Marqueiro). (…) Quem foi eleita foi a Câmara Municipal. José Calhoa representa a Câmara Municipal. (…) Não vemos ninguém por lá. (…) Por que não nos sentimos representados, estar lá ou não estar é a mesma coisa. Queremos acabar com esta representação.

Acontece que para formalizar esta efectiva saída de cena de Calhoa da empresa terá de ocorrer uma Assembleia Geral. Ora, o sistema é composto por 36 municípios, o que torna o processo algo lento e moroso e, embora a sua saída seja certa, pode deixar o administrador (não executivo) num limbo, talvez até Novembro, próximo.


POR OUTRO LADO…


Eleito para o executivo nas últimas eleições como vereador na oposição – o PS, mesmo perdendo a Câmara Municipal para o Movimento Independente Mais e Melhor, viria a eleger 3 vereadores -, Calhoa, ao abrigo do regime de substituição, viria a solicitar a permutação com Sónia Leite por 360 dias – o máximo é de 365 dias.

Por conseguinte, tudo leva a crer que o vereador eleito pelas listas do PS retome o seu lugar na mesa do executivo a muito breve trecho.

A grande incógnita é saber se o imprevisível Rui Marqueiro virá mesmo a ser opositor de José Calhoa. Ser ou não ser, eis a questão, é a grande certeza… na incerteza.

Em princípio, digo eu que pouco sei, tendo em conta o atravessar do deserto do PS/Mealhada, com esta antecipação, não haverá outros concorrentes.

Se não tivesse sido nomeado presidente da Fundação Mata do Bussaco, porventura, seria certo e sabido que Guilherme Duarte já estaria no museu Militar a ensaiar o armamento. Como nos próximos quatro anos – se o Governo se mantiver em funções e não for destituído por Marcelo - não são previstas alterações substanciais, é de adivinhar, dos lados da Cruz Alta não se ouvirão grandes queixumes, nem aventuras.


(CONTINUA AMANHÃ. O QUE PENSA JOSÉ CALHOA SOBRE ALGUMAS QUESTÕES FORMULADAS?)


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