domingo, 4 de setembro de 2022

MEALHADA: AS VOLTAS QUE UM MERCADO DÁ

 



Na próxima Segunda-feira, 5 de Setembro, dia de Reunião de Câmara Municipal, o segundo ponto da agenda foi inscrito a pedido dos vereadores do Partido Socialista.

Com a solicitação de “análise da situação da obra do Mercado Municipal”, mais que certo, os socialistas vão “encostar às cordas” António Jorge Franco, o presidente da Câmara Municipal, e obrigá-lo a uma declaração de compromisso sobre a abertura e sobre o que vai acontecer ao novo Mercado Municipal.

Tendo em conta que já passou quase um ano sobre as eleições autárquicas, do ponto de vista da opinião pública, começa a “faltar chão”, como quem diz argumentos, ao chefe do concelho para continuar a adiar a inauguração da super-estrutura de vendas.

Diz quem sabe, as soluções equacionadas têm visado todas as direcções; desde convidar empresários de fora para se instalarem na nova área, até ao estudo da possibilidade de ainda candidatar o projecto a fundos comunitários, tudo tem sido apreciado.

As razões do adiamento, presume-se, já foram invocadas aqui, ou seja, com governança de Rui Marqueiro (PS) e ex-presidente da autarquia, construiu-se um mega-pavilhão por quase três milhões de euros sem recurso a apoios europeus e sem ter em conta que, no mínimo, tem de ser viável economicamente para comportar os seus gastos diários com pessoal, água e electricidade – sabemos que pelos juros de capital investido será sempre deficitário.

Com mais de uma centena de mesas e bancas e 16 lojas, aparentemente só agora se percebeu que é um empreendimento demasiado grande para um concelho com cerca de vinte mil habitantes, com uma procura média/alta e com uma oferta que, a breve trecho, se tornará excedentária.

Para piorar a situação, como se serrasse a arranca em que assenta o investimento público, continua-se a licenciar médias superfícies para a cidade. Dentro em breve vai abrir o “Pingo Doce”, do grupo Jerónimo Martins, junto à Escola Secundária, e dentro de um ano o Aldi, na periferia do Cine-Teatro Messias.

Uma coisa será certa: amanhã vamos saber a data de abertura do novo “elefante Branco”.


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