segunda-feira, 5 de setembro de 2022

REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MEALHADA: O CASO DO DIA

 

(foto de arquivo do jornal online Bairrada Informação)





A FALTA DE MÃO-DE-OBRA


A Reunião da Câmara Municipal de Mealhada, realizada hoje, ficou marcada por uma proposta de António Jorge Franco, presidente da edilidade, para substituir a obrigatória escolaridade mínima por comprovada experiência para contratação de "assistentes operacionais", nome pomposo atribuído, a pedreiros, jardineiros, calceteiros, cantoneiros e outras profissões mais básicas.

Conforme já o afirmara anteriormente em encontros similares, a autarquia pode entrar em rotura por falta de mão-de-obra. Poder ultrapassar esta obrigação legal pode ser a solução para um problema que se torna cada vez mais insolúvel.

Rui Marqueiro, ex-presidente da Câmara e agora líder da oposição, votou contra a proposta e, acoplando ao seu sentido de voto, deixou uma mensagem: “por não o ter agora aqui, desconheço o que diz o Código dos Contratos Públicos. E é por não saber que voto contra.”


MAS NÃO É SÓ…


Este problema de falta de mão-de-obra na função pública (e nos privados), que se está a tornar endémica, assenta essencialmente em salários regulados pelo Governo baixíssimos. E é pouco sublinhado. Diz quem sabe que um assistente operacional leva para casa, ao fim do mês, à volta de 750.00 euros.

O argumento apresentado pela tutela é que subindo os salários aumenta a inflação. É verdade, mas também é verdade que, com salários miseráveis, a inflação está quase nos dois dígitos, em 10 por cento. Devem ser escolhidas as pessoas ou a inflação? Ou ambos?

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