segunda-feira, 6 de junho de 2011

MAIS UMA QUE FECHOU AO AMANHECER



 Segundo se consta por aqui esta loja encerrou repentinamente. Quando a empregada ia para retomar o trabalho constatou que dentro do espaço comercial, para além das sombras, já não restava nada.
Não foi possível apurar a veracidade destas afirmações. Então porque transcrevo uma notícia sem ser verificada na fonte? Certamente interrogará. Olhe, para além da impossibilidade, porque nos últimos tempos tem acontecido alguns casos idênticos. Ainda há dias, na Rua da Sofia, a funcionária de uma loja que estará em vias de encerrar, me contava, de lágrimas nos olhos, que apesar de lá trabalhar há muitos anos os patrões não lhe comunicaram nada do previsível fim anunciado. Soube que o estabelecimento iria fechar por outras pessoas. Não é estar aqui armado em pregador, mas é preciso ter algum respeito por aqueles que, durante muitos anos, ajudaram a segurar a escada. Agora que se está constantemente a descer não podemos nem devemos ostracizá-los.
É certo que vivemos tempos muito complicados e quando há fome à nossa volta, e sobretudo nos nossos filhos, é muito difícil ter princípios ou valores. É certo que, salvo erro, Sartre dizia que a grandeza do homem se via na agonia, mas este filósofo escreveu tanta coisa...
E quando está tudo a ruir à nossa volta somos todos iguais. Queremos é sobreviver. Venha lá o mais pintado. 
Apesar de todas as considerações, fica a lembrança...

1 comentário:

Anónimo disse...

É pena. A Baixa está a morrer. O que anda aquele gabinete supostamente dedicado ao centro histórico a fazer desde há oito anos para cá?