Como explicar que a Rua da Sofia, uma das artérias mais emblemáticas da cidade, onde o ensino começou nos seus grandes colégios monásticos do século XVI e seguintes, onde ainda hoje seja o principal canal que, com o seu majestático tribunal, liga o cidadão à justiça, perante o apelo da direcção da APBC, Agência para a Promoção da baixa de Coimbra, para que se enfeitassem as ruas, nem uma única suspensão se mantém para amostra? Sobretudo quando é uma delícia para os nossos olhos verificarmos que quase todas as ruas estreitas da dita baixinha estão todas enfeitadas com uma criatividade acima do comum.
Mais ainda, como entender que, tendo ali um dos principais e mais dinamizadores elementos da direcção da agência, Arménio Pratas, com o estabelecimento “Sofimoda” naquela artéria, os seus colegas, perante o chamamento, fizessem “ouvidos de marcador” –e não mercadores, como sói dizer-se.
O que é que se passou? Será que cada comerciante não teria 6 euros para comprar 12 metros de fita às cores para atravessar a rua?
RESPONDE ARMÉNIO PRATAS
“Sinceramente, nem tenho palavras. Parece que está tudo desmotivado… sei lá! É certo que estão muitas lojas fechadas, mas isso, por si só, não pode ser só a razão. Terá de haver mais. Talvez uma falta de esperança…não sei. Sabes que esta rua, em termos de negócio, caiu muito… mas, mesmo assim, não entendo esta falta de envolvimento das pessoas. Parece que só olham para o seu umbigo. Esquecem que estamos todos ligados em rede. Quando um está mal os outros estarão iguais. Se fizermos algo pelo todo, estaremos a melhorar o individual.
Não tenho palavras, pá!”
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