Para quem não conhece, o Taipio, em metáfora, é um padre de paróquia. Toda a gente gosta dele. Não se mete com ninguém. Não se envolve em política. A todos acolhe com um sorriso. Está sempre disponível para ajudar, ali na antiga Rua dos Sapateiros.
Ainda me lembro, em finais dos anos de 1960, do avô dele. Parece-me estar a vê-lo de chapéu na cabeça, ali no pequeno largo em frente ao antigo armeiro Carlos de Almeida, a trocar os “r’s” pelos “l’s”. O Taipio segui-lhe o negócio ficando com uma entrada de uma porta onde ganha a sua vida a colocar pilhas, a colocar braceletes e a vender outros pequenos artefactos necessários ao nosso dia-a-dia.
Hoje, durante a manhã, foi internado de urgência no hospital com um Ataque Vascular Cerebral, AVC. Segundo a mãe, “ficou internado para fazer exames à cabeça. Tinha a tensão muito alta. Ele não se cuidava, fumava, bebia e comia demais. Deveria ter atenção que o pai (o meu marido) morreu de ataque fulminante. Mas que quer? Quem é que lhe dizia para ele ir ao médico? É teimoso que nem uma mula!”
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