Sou a Adelaide tremoceira,
vendo tremoços, nesta vida,
amendoins, de canseira,
faço da luta uma lida
para levar algo na algibeira
e ajudar para a comida,
do trabalho faço bandeira,
uma religião sentida,
recuso a sombra da azinheira,
estender a mão constrangida,
sou lição de mesa-de-cabeceira,
para os novos sou atrevida,
não me venham com bandeira
desfraldada e constrangida,
quero mostrar que sou herdeira
de um tempo que não se intimida.
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