sábado, 28 de maio de 2011

... E O VENCEDOR É...?

(1º prémio -peixaria pinguin, Rua das Padeiras)

(2º prémio -loja Lena, Rua Sargento-mor)

(3º prémio, "ex aequo" -Loja das Meias, Rua Ferreira Borges, e Brancal, Rua Visconde da Luz)



  Foram já anunciados pela APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, os vencedores, os melhores dos que se propuseram a concurso, da melhor montra.
O primeiro prémio recaiu na peixaria Pinguim, na Rua das Padeiras; o segundo na loja Lena, na Rua de Sargento-mor e o terceiro na Brancal e na Loja das Meias, “ex aequo”, em igual mérito.
Por parte da restauração, porque também havia classificações para o melhor prato gastronómico alusivo a tempos recuados e medievos, a escolha caiu no restaurante “A Cozinha”, com o 1º prémio. Com o segundo foi contemplado o restaurante “007” e com o terceiro o restaurante “O Espanhol”.
Se as decisões de escolha obedecem a critérios previamente anunciados, tal como uma demanda judicial, a sentença jamais obterá unanimidade para as partes em confronto. Afinal uma deliberação é sempre uma resolução subjectiva assente numa ponderação de preceitos. O que quero dizer é que, neste caso, raramente os concursantes estarão de acordo com o despacho final, embora, tal descontentamento terá de ter uma margem razoável –transmitindo obrigatoriamente sempre um sentimento de justiça- e não poderá tomar a maioria, caso contrário, tal como nas decisões judiciais, provoca o descrédito e a vontade de não participação futura.
Ora, segundo várias queixas que me chegaram de alguns participantes, o descontentamento em relação à designação, sobretudo, do primeiro prémio era lactente. Os desabafos foram vários, dizia um: “então “aquilo” –referindo-se à montra da peixaria Pinguim- é que é criatividade? Por amor de Deus?! O júri não percebe nada de arte de vitrinismo”.
Dizia outro, “se o que eles procuravam era uma “parolada” que dissessem antes, evitava de me esforçar tanto para colaborar no concurso. Ao atribuir o prémio a uma montra daquelas é descer o nível do que verdadeiramente estava em causa. Em futuras participações, provavelmente, não concorrerei.”
Dizia ainda outro comerciante, “sinceramente, nunca vi tanta falta de gosto de alguém a apreciar arte num lugar de júri. Qual é a formação em arte dos seus membros?”
Fui dar os parabéns à dona Lurdes Alves e ao mesmo tempo pedir-lhe uma declaração acerca da contestação de outros colegas. “Eu não tenho nada a ver com o que dizem. Fiz a montra à minha maneira e não falei com ninguém. Se me atribuíram o prémio lá saberão porquê. Só sei que, em futuras iniciativas, aumentou a minha responsabilidade. Quanto a polémicas, isso passa-me ao lado.
Vou ouvir Armindo Gaspar, o presidente da APBC: “Ainda bem que há polémica, isso significa que, pela elevada qualidade e pelos muitos bons trabalhos apresentados a concurso, por parte do júri, deveria ter sido difícil de se pronunciar. Como sabes, estas coisas nunca geram consenso, o que posso dizer é que não tenho nada a ver com a decisão. Para não criar suspeições nem concorri. Posso acrescentar que a composição do júri era de três elementos, dois ligados a arte e outro a marketing e publicidade.
Acrescento ainda que os critérios de avaliação assentavam em três princípios: criatividade, originalidade e promoção do produto. Em sub-princípio, digamos assim, teria de estar presente a rosa na decoração e ser perceptível a alegoria aos 900 anos da concessão de Carta de Foral à cidade de Coimbra.”, enfatizou Armindo Gaspar.


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