(IMAGEM DA WEB)
Conta aqui a TVI 24 que um cidadão de nome Armando, que por acaso já foi secretário de Estado da Administração Interna, num centro de saúde de Lisboa, desprezando a longa fila de doentes em espera para serem atendidos, passou à frente de todos e avançou em direcção ao consultório da médica, onde exigiu que esta lhe passasse um atestado.
Contrariamente à maioria, não vou aqui desancar no Armando Vara, e pelo facto dele ser arguido no caso “Face Oculta”. Prefiro passar do particular –enquanto cidadão igual a outro qualquer- para o geral, sem aproveitar para descarregar a minha frustração por isto, por aquilo e por mais aqueloutro. O que pretendo salientar aqui é a obrigação de todos, mas todos, independentemente do cargo estatutário que ocupam na sociedade, de respeitar o outro, o semelhante, como ente de direitos e obrigações iguais.
Não posso deixar de lembrar há uns anos, aqui em Coimbra, quando um juiz do Tribunal Constitucional –salvo erro já jubilado-, invocando a sua condição, passou à frente de uma longa fila de pessoas que estavam à espera para levantar dinheiro. Quando um dos presentes, musicoterapeuta e já falecido, ao reclamar daquele abuso de direito, de ética e de moral do magistrado, este deu-lhe voz de prisão. Porque já foi há uma dezena de anos, recordo mal, mas penso que o bom senso imperou no tribunal e o réu teria sido absolvido.
Estes comportamentos deveriam envergonhar estas pessoas. Deveriam lembrar que o estatuto é como um sobretudo que se veste. Quando se retira este utensílio de adorno fica o homem comum, em toda a sua grandeza e miséria. A natureza ao mostrar o nascimento e a morte para todos iguais dá-nos uma grande lição. O problema é que para se ver, indissociavelmente, terá de se pensar e a mioria –e muito mais esta gente que subiram nos cargos pela sorte, umas vezes, e outras porque nasceram em berço dourado- não perde tempo a reflectir. Este, verdadeiramente é o drama da colectividade. Dispensa o pensamento e segue atrás de todos sem se questionar.
3 comentários:
Este tipo de gentinha mete nojo e mais nada a acrescentar em relação ao comportamento deste senhor ou daquilo que lhe quizerem chamar.
Basta de tanta podridão vinda sempre dos mesmos.
Este tipo de gentinha mete nojo e mais nada a acrescentar em relação ao comportamento deste senhor ou daquilo que lhe quizerem chamar.
Basta de tanta podridão vinda sempre dos mesmos.
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