terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EDITORIAL: TUDO SERVE PARA USAR...E DEITAR FORA

(IMAGEM DA WEB)


 Entendo a revolta dos funcionários da ACIC, Associação Comercial e Industrial de Coimbra. Já o escrevi aqui, ao dar eco aos seus lamentos, tenho a certeza, é meu dever de cidadania. Vivemos no meio da sociedade de informação, no entanto, basta reparar, por muito justos que sejam os apelos, ninguém olha para o fundo dos olhos de quem protesta em sofrimento. Olha-se para ele, de soslaio, com uma cara de comiseração -assim como quem afivela uma máscara, neste caso a da tristeza e dó-, e diz-se baixinho: "coitadinho!", e segue-se em frente porque não há tempo a perder com os problemas dos outros. Os jornais locais, talvez fruto da crise que vivemos, estão cada vez mais virados para o interesse e a dependência económica, ou para os grandes mercados nacionais, e não desempenham o papel social para que estão mandatados pela sociedade, ou seja: mostrarem as grandezas e misérias locais. Raramente noticiam um problema que é premente para uma pessoa ou grupo. E, habitualmente, quando o fazem, já é tarde de mais -aqui, com plena justiça, tenho de tirar o chapéu ao Diário de Coimbra, apesar de volta e meia não me publicar cartas que envio para a "Página do Leitor", tenho de escrever com plena justiça: é um bom jornal e, dentro da omissão de que falo, efectivamente cumpre os parâmetros exigidos pela colectividade. É a segunda vez que publicita o que se está a passar na Associação Comercial e Industrial de Coimbra. É o seu dever, e está a cumprir, ponto e parágrafo. Devo também referir o semanário Campeão das Províncias: há duas semanas atrás também o fez.
O que já tenho muitas dúvidas é que ao dar eco a pessoas que a coberto do anonimato aproveitam para destilar veneno contra a ACIC e contra a direcção estarei a fazer o devido. Isto é, se ao publicitar as suas vontades mais não estarei do que a servir de correio do diabo. Duvido muito que quem se serve do anonimato tenha alguma vontade de mudar seja o que for -é completamente diferente o que se passa com os funcionários da ACIC, aí, apesar de não gostar, até entendo o não darem a cara. Ora, por conseguinte, estes associados, se não concordam com o que se está a passar, têm obrigação de mostrar o rosto. Mas não, preferem manter-se entrincheirados e, como caçadores furtivos, vão dando uns tiros de longe. Desculpem a minha franqueza, mas apetece-me mandar esta gente para um sítio que eu cá sei. Se não dão a cara e se servem do anonimato, terão o direito de vir para aqui, para o blogue, armarem-se em "putas" sérias? Tenham paciência, falta-me a pachorra para aturar esta gente. Vão bugiar! 
No fundo, estão no mesmo plano de todos, dos jornais que não noticiam, da colectividade que assobia para o lado e da direcção que pouco parece fazer para resolver o problema. Dito por outras palavras: estão todos a marimbar-se para os funcionários e, sobretudo, para este de que falei aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo com o Luis Quintans.Deve-se dar a cara por esta questão tão melindrosa e que mexe com pessoas.
Indo directamente ao assunto, sinto vergonha pelo que se vem passando na ACIC (Salários em atrazo).
Sinceramente, esta gente terá que parar para pensar.Como será possivel empresários estarem a contribuir para a desgraça de pessoas que vivem do produto do seu trabalho?
Pois bem, é tempo do Presidente da Assembleia Geral, convocar uma Assembleia Geral, para se discutir a situação da ACIC.
Não é correcto ACIC, ser noticia pelos piores motivos.
Os funcionários devem usar todos os mecanismos legais e obrigarem esta Direcção a cumprir com a lei.
Li as declarações do Presidente da Direcção ao jornal Diário de Coimbra e sinceramente o melhor seria remeter-se ao silêncio.
Ler as informações prestadas ao Luis Quintans,por um funcionário, é de facto uma vergonha o que se passa e envergonha também os associados.
Falei com o Presidente do Conselho Fiscal, o qual me informou ter sido pago um mês. Mostrou-se bastante preocupado e interessado em ajudar a resolver o problema. Diga-se, já não é mau, este dirigente assumir esta postura.
Já agora, a pouca vergonha, chega ao cumulo dos funcionários se deslocarem ao serviço da ACIC, nas suas viaturas e esta direcção nem se quer lhes paga o combustivel.
Deixo um recado ao Presidente do Conselho Fiscal, tente saber se os pagamentos a fornecedores, têm seguido o mesmo critério no que diz respeito a pagamentos. Olhe penso que não.
Por tudo isto, é tempo dos associados se unirem e de viva voz dizerem "BASTA ".
Cumprimentos
José Carlos Clemente