Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "A COLUNA DO JORGE...":
Amigo Jorge, a ideia é boa e já está prevista na lei, como refere. Mas coloca-se um grave problema: a maioria dos proprietários são pessoas actualmente sem condições financeiras para tal, salvo raras excepções é claro. Depois coloca-se outro problema que é o facto de as rendas praticadas serem muito baixas. Algumas roçam mesmo o ridiculo, por exemplo, um T2 por 10 euros ou uma loja por 45 euros. Os inquilinos não têm culpa, mas que receitas dá um imóvel destes ao proprietário? Não me vou alongar em exemplos, já aqui no blogue escrevi acerca do assunto e, também o Luís Fernandes abordou o seu caso pessoal. De certeza que todos os senhorios gostariam de ter os seus bens em condições e valorizá-los, mas as receitas que os mesmo dão têm de acompanhar o investimento. Aliás, verifica-se em muitos casos que os rendimentos pessoais dos inquilinos são superiores aos dos senhorios. Deitando por terra a ideia de que quem tem um imóvel tem posses e capitais próprios, não faz obras por que não quer. Na Baixa, posso afirmar que a grande maioria dos senhorios são pessoas idosas, antigos comerciantes sem riqueza acumulada, com reformas miseráveis de 250 euros (por vezes são retidas por dividas ao Estado, em consequência do antigo comércio). Muitos deles, a viverem mesmo numa pobreza escondida e disfarçada. Concluindo, nem sempre os inquilinos são os explorados. Um indivíduo pagar 7 euros de renda por uma casa na Baixa não é explorar o senhorio?
Abraço Marco
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Amigo Jorge, a ideia é boa e já está prevista na lei, como refere. Mas coloca-se um grave problema: a maioria dos proprietários são pessoas actualmente sem condições financeiras para tal, salvo raras excepções é claro. Depois coloca-se outro problema que é o facto de as rendas praticadas serem muito baixas. Algumas roçam mesmo o ridiculo, por exemplo, um T2 por 10 euros ou uma loja por 45 euros. Os inquilinos não têm culpa, mas que receitas dá um imóvel destes ao proprietário? Não me vou alongar em exemplos, já aqui no blogue escrevi acerca do assunto e, também o Luís Fernandes abordou o seu caso pessoal. De certeza que todos os senhorios gostariam de ter os seus bens em condições e valorizá-los, mas as receitas que os mesmo dão têm de acompanhar o investimento. Aliás, verifica-se em muitos casos que os rendimentos pessoais dos inquilinos são superiores aos dos senhorios. Deitando por terra a ideia de que quem tem um imóvel tem posses e capitais próprios, não faz obras por que não quer. Na Baixa, posso afirmar que a grande maioria dos senhorios são pessoas idosas, antigos comerciantes sem riqueza acumulada, com reformas miseráveis de 250 euros (por vezes são retidas por dividas ao Estado, em consequência do antigo comércio). Muitos deles, a viverem mesmo numa pobreza escondida e disfarçada. Concluindo, nem sempre os inquilinos são os explorados. Um indivíduo pagar 7 euros de renda por uma casa na Baixa não é explorar o senhorio?
Abraço Marco
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NOTA DO EDITOR: Concordo inteiramente consigo Marco. Quando publiquei o texto do Jorge, pensei exactamente do mesmo modo que o amigo. Só me contive em comentar porque acho que já falo e escrevo tanto sobre este assunto que até já me aborreço de mim próprio. Palavra! Para onde quer que vá, e se o tema é o imobiliário, lá estou a dar ferroada em quem discordar deste assunto –lembro que tenho aqui na Baixa dois andares, em que um paga 5,22 euros e outro 10,92 euros.
Ainda há dias estive na Alta, num encontro sobre insegurança, promovido pela ADAC, Associação de Defesa da Alta de Coimbra, onde foram lançadas várias “deixas”, e, mais uma vez, lá estive eu com a minha ladainha. Parecia o ceguinho Eduardo, que costuma estar por aqui na Baixa. Tal como disse lá, reafirmo aqui, este Regime de Arrendamento Urbano é o coveiro dos Centros Históricos. Mas por que é que ninguém faz nada? Isso é que não consigo compreender.
Também há dias, no jornal Público, era transcrito que cerca de 520 casas no Centro histórico do Porto, e pertença da autarquia, pagavam até 10,52 euros. Isto admite-se? Se isto não é uma exploração, então vamos chamar-lhe o quê? Como é que se pode ter confiança numa lei que confere apenas direitos aos inquilinos? Como é que se pode esperar que o mercado de arrendamento funcione quando uma acção de despejo leva em média dois anos?
Como lhe digo, o que estranho é esta apatia. Com esta inércia, o que quererão os políticos que nos governam? Deixar destruir tudo?
1 comentário:
Concordo com amigo Luis e com o Marco, para mim existe uma grande diferença nos proprietarios que tem casas arrendadas a preços simbolicos, esses proprietarios por mais vontade que tenham, nada poderam fazer. Refiro-me às casas que se encontram degradadas e deesocupadas a muitos anos.
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