sexta-feira, 2 de abril de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "BICOS CONTRA A INDOLÊNCIA":



 Até concordo com o conteúdo do que levou a colocar os bicos em pedra, só não concordo com a forma. Ainda na quarta-feira vi um grupo de seis meninas estrangeiras com as mochilas às costas sentadas no plano abaixo dos bicos de pedras, ou seja, no chão, que é espaço público. Existem outras formas mais dignificantes para não deixar sentar por lá as pessoas durante o dia, aqueles bicos em pedra são um atentado ao urbanismo e não só. Segundo sei, constitui uma alteração das cantarias e proibido por lei.

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Marco deixou um novo comentário na sua mensagem "BICOS CONTRA A INDOLÊNCIA":



 Não podia estar mais de acordo consigo Luís. Já comentei a algum tempo atrás a vergonha e a miséria que acontece diariamente neste largo. E ainda me revolta mais a minha contribuição para que dezenas de indivíduos passem o dia naquele local (o RSI é pago por todos nós). Um local com todas as condições para ser aprazível é inundado por prostitutas e clientes diariamente, Imaginem o que é trabalhar e assistir a negócios deprimentes a toda a hora. Não dou muito tempo até este escritório tomar a mesma decisão da antiga Agência Abreu. Como compreendo o desespero da colocação dos bicos, é que possivelmente estará em jogo a sobrevivência de alguns postos de trabalho. E como sempre haverá quem critique este acto desesperado e venha defender os coitados que não têm trabalho, desfavorecidos que SÓ TÊM cerca de 190 euros do RSI (geralmente gastos em 2 ou 3 dias em copos e mulheres).
Bom trabalho Luís, por vezes é preciso mostrar outras perspectivas das situações.
Abraço. Marco.

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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)":



 Como já afirmei, ate concordo com a finalidade dos "bicos" em pedra. Mas existem outras formas para atingir a finalidade, como por exemplo; em frente a porta dois vasos e com arbustos, nas montras dois tubos na horizontal, um na zona do alumínio e outro cerca de 10 cm acima, não tiraria a estética, nem se tornaria desumano.
Em relação a ser frequentado por pessoas que recebem o RSI, estou a vontade para afirmar que as esplanadas dos cafés na Portagem e praça 8 de Maio também estão ocupadas com quem o recebe. Afirmo que a maioria das pessoas que se sentavam naquele lugar, não recebem o RSI, nem outro apoio monetário.

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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)":


Caros Srs,


Não esqueçamos que cada vez mais se nota um desaparecer do Comércio da Baixa.
Não só pela construção dos grandes centros comerciais mas também pela insegurança que se vive na Baixa.
Não estamos a falar em fazer mal a ninguém, mas em proteger postos de trabalho que estão no dito "escritório".
Querem os Senhores que todas as lojas fechem na Baixa, e se deixe "apodrecer"a Baixa?
Lembro-me dos tempos de miúda em que se vinha de propósito da Figueira às compras à Baixa de Coimbra...e neste momento o que eu vejo são lojas vazias, e tudo a sair da Baixa.
Salve-se a Baixa de Coimbra!!!

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NOTA DO REDACTOR: Primeira questão: admito perfeitamente o contraditório, ou seja, que para além da minha verdade, naturalmente, existem outras -não leve a sério o "bacoco" do texto principal. Ainda bem que comentou o post e, contrariamente a mim, vê as coisas de outra forma. Sinceramente, fico-lhe grato Jorge.
Mas, já que defendi o “incomum”, vamos chamar-lhe assim, tenho de defender a minha dama, como quem diz, apresentar argumentos capazes de o consubstanciar.
Vamos ao primeiro: diz o Jorge que “até concorda com o conteúdo só não concorda com a forma”.

I-Ora, portanto, num ponto estamos de acordo: o conteúdo.
Este “acordo”, tacitamente aceite entre os dois, pressupõe uma declaração de princípio de necessidade do autor, ou seja, um reconhecimento de que teve de fazer alguma coisa para salvar um bem que era seu por direito, mas que estava ameaçado por outro direito -embora, saliento que tenho muitas dúvidas neste invocar a legitimação-, ainda que aleatório, de terceiros. Estaremos então perante direitos conflituantes;


II-Estamos então em desacordo com a forma. Pegando na “forma”, isto é, no instrumento que dá consistência ao conteúdo, verificamos que se trata de pequenos triângulos em pedra pontiagudos colados na pedra base;
Então, em exercício mental, poderíamos aventar outros instrumentos que fossem tão eficazes quanto o primeiro utilizado? Poderemos sim senhor! Quais? Naturalmente, vários, desde pregos, vidros, ácidos, etc. Porém, verificamos que, estes agora apresentados, serão perigosos para a saúde pública e, logicamente não admissíveis. Então, também poderemos perguntar: e as pedras pontiagudas não o serão também? Sim, mas de perigosidade reduzida ou quase nula.
Poderemos ainda interrogar: e então não haveria outras formas mais pacíficas de obter o mesmo resultado? Aqui só vejo uma: seria o autor solicitar à autarquia autorização para colocar um gradeamento ao longo dos rebates. Mas, há uma coisa: quanto iria custar? Mais: implicaria um projecto de alterações à fachada do edifício. Mais ainda: daqui a quanto tempo estaria o autor na posse da licença para a colocação das grades de protecção? Nessa altura, provavelmente, já lhe teria acontecido o mesmo que à “saudosa” Agência Abreu”. Ou seja, em desespero, já teria abandonado aquelas instalações;


III-Não considero esta forma de colocar pedras pontiagudas no chão indignas. Considero sim, a viabilidade possível, para, através de um meio simples e rápido, conseguir persuadir estranhos a prejudicar uma actividade legal;

IV-Diz o Jorge que “alteração das cantarias é proibido por lei”. Ora vamos lá por partes:
1-Salvo melhor opinião, não houveram alterações das cantarias. Houve sim um acoplado provisório, um acrescento necessário para atingir um fim que, na eficácia rápida, não seria possível de afectar de outra forma.
2-Como disse em cima, não devemos esquecer que estamos perante dois direitos conflituantes: um, real, de propriedade, intrínseco, e outro aleatório -para mim muito duvidoso de invocação-, não declarado, e portanto extrínseco. Ora, nestes casos, manda o Direito que se faça a harmonização de interesses e prevaleça o de maior objectividade. É fácil aqui de ver qual é.

3 comentários:

Anónimo disse...

Como já afirmei, ate concordo com a finalidade dos "bicos" em pedra.Mas existem outras formas para atingir a finalidade, como por exemplo; em frente a porta dois vazos e com arbustos, nas montras dois tubos na horizontal, um na zona do aluminio e outro cerca de 10 cm acima, não tira a estetica, nem se torna desumano.
Em relação a ser frequentado por pessoas que recebem o RSI, estou a vontade para afirmar, que as esplanadas dos cafes na Portagem e praça 8 de Maio, tambem estão ocupadas com quem o recebe.Afirmo que a maioria das pessoas que se sentavam naquele lugar, não recebem o RSI, nem outro apoio monetario.

Anónimo disse...

A propósito de bicos e beneficiários do RSI:
É verdade existem outras formas mais bicudas ou menos, mais florais, aluminio, madeira ,etc.Mais estético ou mais inestético,bonito ou feio.Mas não é essa a questão, o essencial é libertar o espaço para as pessoas trabalharem. Inestético é estar 2 ou 3 prostitutas a negociar á entrada de um local de trabalho.Portanto o cerne da qestão mantêm-se.
Também concordo que a percentagem de falsos necessitados do RSI não estão concentrados neste local, estão espalhados por diversos locais, quase sempre cafés, tascas e tabernas.Tem razão, não posso afirmar se a maioria dos habituais utilizadores deste largo são beneficiários, pois não efectuei nenhum inquérito.Comentei este facto de uma maneira genérica.Mas posso afirmar que a forma e os critérios de atribuição do RSI, deveriam ser revistos.Têm ser critérios rigorosos e com constante acompanhamento, pois tdos conhecemos casos em que não se entende porque determinadas pessoas usufruem desta ajuda.Não confundir as coisas, não sou contra a atribuição de subsídios, desde que sejam justamente atribuídos.Sou contra, isso sim, os abusos e o desperdício de dinheiros públicos.Aquela máxima religiosa de dar uma cana de pesca e não o peixe, seria um bom princípio. Muitos dos beneficiários do RSI são pessoas com capacidades, tanto fisicas como intelectuais, acima da média em certos dominios.Ou, por exemplo,trabalhar em prol da comunidade em trabalhos como limpeza de espaços publicos, jardinagem, etc.Ganhariam mais dinheiro e mesmo a nivel pessoal sentiriam-se mais utéis e com auto-estima superior.Seria uma forma de inserção social, combatendo o sentimento geral e vulgar de excluídos da sociedade como amiúde se escuta de alguns utentes das diversas ajudas socias e humanitárias da cidade(cozinha económica, cáritas, etc).
Abraço Marco

Anónimo disse...

Caros Srs,

Não esqueçamos que cada vez mais se nota um desaparecer do Comércio da Baixa.
Não só pela construção dos grandes centros comerciais mas também pela insegurança que se vive na Baixa.
Não estamos a falar em fazer mal a ninguém, mas em proteger postos de trabalho que estão no dito "escritório".

Querem os Senhores que todas as lojas fechem na Baixa, e se deixe "apodrecer"a baixa?

Lembro-me dos tempos de miúda em que se vinha de propósito da Figueira às compras à Baixa de Coimbra...e neste momento o que eu vejo são lojas vazias, e tudo a sair da Baixa.

Salve-se a Baixa de Coimbra!!!