sábado, 17 de abril de 2010
O OLHO DE LINCE E O OUVIDO INDISCRETO...
Ontem, Sexta-feira, cerca das 19H30, duas ambulâncias do INEM foram chamadas para assistir um homem caído no relvado das antigas Fábricas Triunfo, ali ao lado da Rua dos Oleiros.
Presumivelmente acometido de overdose, o homem estava acompanhado de outros dois também com aspecto de tóxico-dependentes, que teriam chamado ajuda médica.
Naturalmente, como sempre, juntou-se um magote de pessoas. Ao meu lado, diz um homem para outro. “puta que os pariu! Haviam era de morrer todos! Fodem tudo por aqui. Não se pode deixar aqui um carro de noite. No dia seguinte está com um vidro partido. Aquilo ali –aponta para um buraco na parede- é um ninho de escorpiões. Roubam tudo! Ainda há dias roubaram os cobertores dos camiões dos transportes Gama, que eles utilizam para protegerem os móveis…”
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2 comentários:
Os caminhos labirínticos do consumo e tráfico de droga e prostituição da cidade de Coimbra, vai desde o Largo da Portagem (tráfico principalmente Buprenorfina (subutex)); Largo do Romal (consumos com prevalência de álcool); Praça do Comércio (consumo e tráfico SPA); Terreiro da Erva (consumo e tráfico SPA com grande concentração de indivíduos à hora das refeições); Azinhaga da Pitorra e Fábrica Ideal e Triunfo (consumo endovenoso, prostituição).
Estas são algumas das zonas e edifícios, mais referenciados por ocupação de toxicodependentes, prostitutas e sem abrigo da cidade de Coimbra, que segundo dados oficiais, publicados no Diagnóstico de território – Baixa – Coimbra 2008,os toxicodependentes referenciados são 198, as prostitutas cerca de 100 e os sem-abrigo 70, dados estes que não andam muito longe da realidade no inicio de 2010.
No meu entender existe habitações com perigo para a saúde pública, nomeadamente os edifícios da antiga fábrica Ideal e Triunfo, onde as agulhas, seringas com resto de sangue, lâminas, frascos com metadona, comprimidos, dejectos que se misturam com os ratos que por ali vagueiam a céu aberto junto às instalações e no seu interior.
Já por várias vezes os agentes de socorro foram buscar toxicodependentes com overdose de heroína e os bombeiros chamados por causa de incêndios nas referidas instalações.
Jorge Neves
Independente no Bloco de Esquerda
Assembleia de Freguesia São Bartolomeu
Como eu o compreendo(ao homem), por vezes também eu tenho afirmações do mesmo género.As pessoas estão saturadas de ver os seus bens danificados e generalizam as situações.Ontem apanhei o autocarro para São José e um outro motorista dos SMTUC ultrapassa e efectua uma manobra perigosa na Rua do Brasil.O condutor da viatura em que eu seguia comentou logo:«olha para este doido!por causa de uns pagam todos,depois dizem que somos todos uns assassinos e que temos a mania.»
Conto este episódio para dizer que generalizam-se as situações e grupos de pessoas,seja por côr,idade,opções politicas ou de vida.E na realidade não é bem assim.Acontecem muitos casos de distúrbios ou furtos que se atribuem aos toxicodependentes, e na verdade são cometidos por individuos sem problemas de dependência.Estou a escrever isto, mas amanhã estou a cometer o mesmo erro.
Abraço,Marco
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