terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
UMA BOA NOTÍCIA PARA A BAIXA
Segundo o Diário de Coimbra (DC) de ontem e de hoje, é intenção do executivo camarário não retirar o Palácio da Justiça da Baixa.
Já em 24 de Outubro, último, o Diário as Beiras publicava um longo trabalho sobre a discussão do projecto do novo tribunal. Nesse trabalho jornalístico eram propostas pela ACIC, Associação Comercial e Industrial de Coimbra, três soluções para o futuro tribunal de Coimbra.
A primeira solução seria a realização do antigo projecto, ou seja, junto ao actual tribunal, no terreno lateral, já no início da Rua Figueira da Foz e antiga recolha dos velhos eléctricos. Como se sabe a actual casa da justiça, funciona na Rua da Sofia, no antigo Colégio de São Tomás e posteriormente transformado em residência dos Condes de Ameal desde os anos de 1930.
O segundo anteprojecto apresentado pela ACIC seria a transformação do antigo Quartel Militar DRM, também na Rua da Sofia, que, no entendimento da direcção, daria um bom tribunal.
A terceira sugestão seria desviada um pouco para norte, junto à Auto-Industrial. Propunha aquela associação empresarial que o Estado adquirisse as instalações da antiga fábrica Ideal, “o que seria um contributo importante no sentido de requalificar aquela zona da cidade de Coimbra, e aí instalar o futuro tribunal. Salientava então “as Beiras” a convergência de várias entidades ligadas à justiça, entre elas Daniel Andrade, presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados e António Marçal, secretário-geral do Sindicato dos Funcionários Judiciais, para a segunda solução, o antigo DRM, na Rua da Sofia.
Citando então o DC de ontem, “O novo Palácio da Justiça de Coimbra, previsto para a Guarda Inglesa, na margem esquerda, pelo menos desde 2001, não deverá afinal “abandonar” a zona da Baixa da cidade, estando a Câmara Municipal (CMC) em negociações com o Ministério da Justiça (MJ) no sentido de a infra-estrutura vir a ser instalada bem perto do actual edifício, na Rua da Sofia”.
“Ainda não haverá uma solução definitiva, mas as hipóteses de localização que estão a ser estudadas pela autarquia são o terreno à entrada da Rua Figueira da Foz (…) ou o da Fábrica Ideal. Apesar de ter sido avançada a possibilidade de recuperação de um edifício já existente –falou-se no antigo DRM –a intenção deverá continuar a ser a construção de raiz.”
Citando o mesmo jornal, o DC, de hoje, “Carlos Encarnação disse ter “uma obrigação à qual estou vinculado”, referindo-se a deliberações camarárias anteriores aos seus mandatos, antes de considerar “ser positivo que o tribunal se mantenha no centro histórico”.
Já Victor Baptista, vereador eleito pelo PS, defende que “o tribunal deve manter-se na Rua da Sofia naquelas instalações”. “Há 32 mil metros quadrados que não têm qualquer construção ali. O Plano Director Municipal (PDM) deixava construir oito mil metros quadrados e o Ministério da Justiça queria 16”, recordou o líder da bancada socialista.”
“Baptista mostrou-se na disposição de ouvir o partido e, caso seja esse o entendimento do PS, pedir a suspensão do PDM”.
Que bom verificar esta junção de interesses entre o executivo e oposição no superior interesse da zona histórica. Ainda bem que a “partidarite” ficou de lado e ambas as facções em causa se uniram em torno da ideia de que a zona monumental não pode perder mais serviços. Antes, pelo contrário, precisa de atrair muitos outros que lhe tragam a vida de outrora perdida. Era bom que para o DRM estivesse destinada uma superfície comercial, tipo “el Corte Inglês”, a funcionar todos os dias e até às 24 horas, para ser o motor de reabilitação de uma nova Baixa que todos desejamos.
No entanto e até lá, uma grande salva de palmas para os Paços do Concelho.
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