quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O QUEIRÓS, HOJE, ANDOU ENTRE NÓS



Francisco Queirós, o anunciado candidato do PCP à Câmara Municipal de Coimbra, hoje, durante a manhã, andou na Baixa a entregar uns panfletos e a visitar os estabelecimentos comerciais. Tudo até estaria bem, não fosse o caso de trazer um séquito de jornalistas atrás, que mais parecia o Presidente da República. Está bem que estamos a meses das eleições mas, quanto a mim, para começar, bem poderia fazer esta volta particularmente dando-se a conhecer aos comerciantes.
Por acaso, porque lhe calhei em sorte, visitou-me também. Como não poderia deixar de ser, disse-lhe o que pensava da sua candidatura. Achei graça porque comecei a falar com ele e não me tinha apercebido do magote de jornalistas que estavam atrás dele a tomar notas.
Quanto ao panfleto que me entregou, com o título “COIMBRA –Defender o Comércio Tradicional”, confesso, não diz nada de novo. Para além de eleitoralista, é uma missiva onde o “déjà vu” é uma constante, como comida requentada, onde as frases são mais batidas do que a bigorna do Zé Plácido.
Com vários subtítulos “Basta de injustiças –O PCP propõe: Outra política de Crédito. A seguir vêm então discriminadas as premissas reivindicativas: “Investimento Público –Elemento estruturante no combate à recessão económica; Apoiar o Comércio Tradicional –Salvaguardar o aparelho produtivo nacional e defender o emprego; Dar Vida ao Centro –Dinamizar o centro histórico, salvaguardar o comércio tradicional”.
Neste último item, “Combater a liberalização dos horários do comércio; Defender serviços públicos como factor de desenvolvimento; Promover políticas de atracção de população para os centros históricos”.
Terminava a mensagem propagandística com o slogan: “SIM É POSSÍVEL…Uma vida melhor!...Mais força ao PCP”.
Sinceramente, analisando esta mensagem, esperava muito mais do Partido Comunista Português. Mesmo antes de a ler, tal como disse ao candidato e reputado professor Francisco Queirós a Baixa precisa de mais pragmatismo, mais acção, e menos conversa. Os políticos só se lembram desta zona velha em tempo de campanha eleitoral. Se forem eleitos nunca mais falam dos seus imensos problemas e das dificuldades de quem aqui habita e trabalha. Se ficarem na oposição, porque não foram eleitos, utilizam o centro histórico como arma de arremesso contra o executivo eleito.
Para mim, localmente, o que contam são as pessoas, independentemente do partido que representam ou a ideologia que defendem. E, a ser assim, gostava de ver estes pequenos partidos com uma mensagem clara e diferente do que todos -grandes e pequenas organizações políticas- apregoam.

Sem comentários: