segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

EM DEFESA DO TODO DA MATA DO CHOUPAL

(FOTO DO DIÁRIO AS BEIRAS)



Naturalmente, ontem, juntamente com a família, estivemos a dar as mãos no cordão humano em defesa do choupal. Digo “naturalmente” porque subscrevemos a petição online. Seria de supor que, se “assinaram" a petição cerca de cinco milhares de pessoas, ontem, seguindo a mesma linha de pensamento, deveriam ter estado muito mais do que as cerca de 1300 ou 1500, conforme o noticiado em cada um dos diários da cidade.
No nosso optimismo “coimbrinha” desabafamos assim: “vá lá, vá lá! Para uma cidade que, socialmente, dorme sem pesos na consciência e apaticamente sem se (re)ver, nem foi nada mau”. Podemos inferir assim, mas, em boa verdade, as pessoas que se importam com a mata foram poucas e não bateu a “gota com a perdigota”. Isto, obviamente, sem demérito, antes pelo contrário, para o Luís Sousa, O Jorge Paiva e o Bloco de esquerda, nas pessoas do Serafim Duarte e de Catarina Martins, que se envolveram activamente na defesa do nosso património natural comum.
Quem lá esteve ontem, deu para verificar in loco o estado lastimável de toda a Mata do Choupal. Não só a pouca limpeza, como as árvores a precisarem de serem podadas, bem como o mau estado dos carreiros pedonais. Talvez fosse altura de se começar a exigir do ICN, Instituto da Conservação da Natureza, que, mesmo para além deste protesto, trate condignamente as árvores centenárias que vão resistindo à loucura e cegueira dos homens. Há muito que esta mata é uma ilha abandonada na esteira da cidade. Basta atentar nos acessos. Alguém entende que para aceder ao seu paradisíaco espaço se tenha de atravessar uma via com bastante movimento de tráfego automóvel?
Apesar de tudo, e em jeito de balanço, se por um lado Coimbra é uma terra esquisita, fria e insensível na defesa do colectivo comum, por outro, diga-se em jeito de contentamento, tem pessoas de causas, como é o caso do Luís Sousa. Embora nem sempre esteja de acordo com os seus pontos de vista, ainda bem, neste marasmo endémico, que temos pessoas como ele.
Logo, no Café Santa Cruz, pelas 21,30, vamos todos encontrarmo-nos a debater o resultado da manifestação de ontem.

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