Numa crítica velada ao estado em que se apresenta o PSD-Mealhada, escrevi este pseudo-poema em rima. Como sempre que visa uma força partidária, colei-o como comentário na página do partido local, no Facebook.
Adivinhe o que aconteceu a seguir. Foi mantida? Teria sido apagada?
Não! Apagada? Não pode ser! A democracia e a liberdade de expressão dos dirigentes locais de um dos maiores partidos políticos portugueses não iriam sujar-se por pouco mais de uma dúzia de frases versadas.
Mas foi mesmo apagado.
Isto quer dizer que o PSD-Mealhada, na liberdade e tolerância, está muito pior, muito mais doente no quadro geral do que eu o pintei com palavras.
Eis o verseto amaldiçoado:
NA MEALHADA, PROCURA-SE UM PSD PERDIDO
No Pontal tanta armação, tanto mutante,
tanta pele torrada, tanto fingimento caseiro,
até parece um grande arraial de debutante,
de sozinhos, de solteiras à procura de parceiro,
por cá, na Mealhada, é claramente chocante,
não se passa nada, anda tudo como o coveiro,
sem chão, esquecendo o que já foi brilhante,
dizem que morreu como povo pró banqueiro,
só faltam os sacramentos, e mesmo arfante,
vai ser enterrado meio-morto, meio-gaiteiro,
já que ninguém o faz voltar à vida, é frustrante,
conta-se que perdeu o espírito aventureiro,
a luz que ilumina, guia, os perdidos, o sextante,
que a fé desapareceu na doutrina de Sá-Carneiro,
escrevam, de terras do Sul, uma carta revigorante,
assinada por Passos, Rio e Montenegro, o herdeiro,
comunicando ser somente um vírus, um infestante,
que, demorando a curar, vai passar, pá, porreiro,
e o partido, como Fénix, se vai reerguer, triunfante,
é o que se espera por cá, p’ra contrariar o cangalheiro.
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