segunda-feira, 15 de agosto de 2022

MEALHADA: UM PSD POUCO DEMOCRÁTICO

 




Numa crítica velada ao estado em que se apresenta o PSD-Mealhada, escrevi este pseudo-poema em rima. Como sempre que visa uma força partidária, colei-o como comentário na página do partido local, no Facebook.

Adivinhe o que aconteceu a seguir. Foi mantida? Teria sido apagada?

Não! Apagada? Não pode ser! A democracia e a liberdade de expressão dos dirigentes locais de um dos maiores partidos políticos portugueses não iriam sujar-se por pouco mais de uma dúzia de frases versadas.

Mas foi mesmo apagado.

Isto quer dizer que o PSD-Mealhada, na liberdade e tolerância, está muito pior, muito mais doente no quadro geral do que eu o pintei com palavras.


Eis o verseto amaldiçoado:


NA MEALHADA, PROCURA-SE UM PSD PERDIDO


No Pontal tanta armação, tanto mutante,

tanta pele torrada, tanto fingimento caseiro,

até parece um grande arraial de debutante,

de sozinhos, de solteiras à procura de parceiro,

por cá, na Mealhada, é claramente chocante,

não se passa nada, anda tudo como o coveiro,

sem chão, esquecendo o que já foi brilhante,

dizem que morreu como povo pró banqueiro,

só faltam os sacramentos, e mesmo arfante,

vai ser enterrado meio-morto, meio-gaiteiro,

já que ninguém o faz voltar à vida, é frustrante,

conta-se que perdeu o espírito aventureiro,

a luz que ilumina, guia, os perdidos, o sextante,

que a fé desapareceu na doutrina de Sá-Carneiro,

escrevam, de terras do Sul, uma carta revigorante,

assinada por Passos, Rio e Montenegro, o herdeiro,

comunicando ser somente um vírus, um infestante,

que, demorando a curar, vai passar, pá, porreiro,

e o partido, como Fénix, se vai reerguer, triunfante,

é o que se espera por cá, p’ra contrariar o cangalheiro.


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