Como ressalva de valores começo por escrever que, em princípio, concordo com o conteúdo deste protesto acerca da ditadura dos mercados financeiros, na Praça 8 de Maio, junto ao Panteão Nacional. Porém, discordo completamente pela forma como ele está a ser apresentado aos conimbricenses há mais de duas semanas.
Que estas pessoas, dentro do legítimo direito de expressar o descontentamento, o fizessem durante dois ou três dias até se entenderia bem. Agora, neste queimar em lume brando o nuclear da questão, a prorrogar "ad eternum" é que não se compreende. Haja alguém que diga a estes cidadãos que, a continuar aqui acampados, começam a provocar a antipatia de quem, como eu, simpatiza com a sua (nossa) causa.
É preciso chegar ao pé destes manifestantes e convencê-los a sair pacificamente. A mensagem que queriam transmitir já chegou a todos, creio. Vou mais longe, no caso de não querem sair a bem terão de sair a mal. Começa a ser uma espécie de testar a força e a paciência de quem aqui vive, trabalha ou passa no local simplesmente.
O direito de manifestação é, sem dúvida uma premissa consignada constitucionalmente, mas tem regras, isto é, tem uma lei específica e regulada nas autarquias. Começa a ser abusivo esta apropriação de um espaço público -que é de todos- continuar a estar na mão de alguns, mesmo que as suas razões sejam fundamentais para o esclarecimento da maioria dos cidadãos.
Penso que está na hora das autoridades começarem a tomar uma posição e, aparentemente, deixarem de mostrar alguma apatia incomodativa. Ou seja, fazerem que não vêem, vendo, o que se está a passar.
3 comentários:
Até o limite tem limites.
Enfim,ridiculo.Perde-se o objectivo do protesto,a mensagem que se pretendia passar é esquecida.
Marco
Para quando uma intervenção de quem tem responsabilidades nesta Cidade. Concretamente Governo Civil e Câmara Municipal.
Isto passou de 8 a 80. Uma vergonha, um nojo para a Cidade de Coimbra.
Como será possivel alguém de bom senso, permitir este acampamento, junto a um Monumento Nacional.
Existe direito á indignação, mas com limites. No caso em apreço, meus senhores sejam civilizados.
Gostaria de ver esta poouca vergonha na Ilha da Madeira. Alberto João, já em Coimbra.
Francisco Grilo
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