Na longa noite do improviso, calhou à Maria José, a “Zeca” como gosta de ser tratada, da Casa Arménio, na Rua do Corvo, ser assaltada esta noite.
“De manhã, quando cheguei tinha um agente da PSP à porta. Partiram o vidro da entrada principal e introduziram-se no estabelecimento. Levaram todos os trocos da caixa-registadora e cerca de uns 10/12 pares de meias de homem. Não é propriamente o que levaram que causa impacto. O que aborrece é sabermos que alguém andou a mexer nas nossas coisas. Ainda não estou em mim. Deveríamos ter segurança e não temos. Para que servem as câmaras de videovigilância? Para nada!”, enfatiza a Zeca.
Lá lhe fui dizendo que há cerca de um ano a APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, através do Armindo Gaspar, tentou implementar um serviço de vigilância nocturna, através de uma empresa privada. Os custos, em média, rondavam os 10 euros por estabelecimento. Na altura, segundo declarações do Gaspar, só cerca de uma dúzia de comerciantes se prontificou a aderir ao projecto de intenção. Retorque a Maria José, "eu não soube de nada, mas não acho que 10 euros fossem muito!”
Mais sorte teve a loja de tecidos, ao lado, do Vieira & Costa, Lª. Forçaram a porta, provavelmente com um pé-de-cabra, mas, fosse lá por que fosse, deixaram-na entreaberta sem levarem nada. “Se calhar, apareceu alguém, sei lá, e eles fugiram. Tivemos sorte, mas foi por acaso. Um dia destes voltam. Deveríamos pensar em ter segurança privada”, alude o Alcides Costa. Mais uma vez lhe repeti a intenção da APBC de há um ano atrás. “Ai, perante essa verba, eu alinhava!”
Saliento, que mesmo depois da Secretária de Estado da Administração Interna ter afirmado há pouco mais de trinta dias em Coimbra “que o sistema de videovigilância reduziu de 15 a 20 por cento o volume de crimes”, a verdade é que paulatinamente as intrusões nocturnas nos estabelecimentos vão acontecendo. Depois da inauguração da videovigilância na Baixa em 15 de Dezembro último, e retirando pequenos furtos ocasionais, já 15 intromissões aos estabelecimentos aconteceram. As mais recentes, há cerca de um mês para cá, ocorreram no Centro Comercial D. Dinis, com três lojas violentadas e o pronto-a-vestir Bambina na Rua das Padeiras.
1 comentário:
Continuam os assaltos na Baixa, continua o sistema de videovigilancia a não funcionar e continuam assobiar para o lado a dizer que a baixa é segura.
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