Abriu recentemente na Rua Eduardo Coelho a “Belíssima”, um agradável estabelecimento de lingerie.
Este sonho agora materializado é uma realização da Rosa Ventura. Esta Rosa silvestre não precisa de apresentações. Já faz parte da Baixa, como vizinha de todos nós, há mais de 33 anos. Até agora trabalhou como funcionária em várias lojas do Centro Histórico. Conhece o ramo da roupa interior por dentro, por dentro, e na alma. Trata qualquer peça, de senhora ou homem, por tu. Não há segredos ocultos neste ramo que a Ventura, que lhe há-de trazer ventura, não conheça.
Rosa está feliz como de alegria é feita a felicidade. “Estou muito contente…muito mesmo. Estou muito satisfeita! Por aqui, toda a gente me conhece –pelo lado do bem, salienta, não vá eu pensar o contrário. Então, sendo assim, as coisas tornam-se mais fáceis. Os clientes vêm procurar-me. Você sabe lá o prazer que é estarmos a trabalhar para nós mesmos? Consegue entender o calor enorme que eu sinto ao conseguir concretizar uma fantasia de décadas? Abri há pouco mais de uma semana –felizmente o negócio está correr muito bem- e ainda penso que é mentira. Olho para tudo isto que me rodeia da mesma forma que uma mãe olha para o seu filho recém-nascido. É uma extensão de mim…”
A Rosa está acompanhada pela filha Joana Silva. A Joana está licenciada em comunicação organizacional. Como todos os jovens, esfalfa-se para conseguir trabalho. Está aqui na loja da mãe até às 16 horas. A seguir, como andorinha em busca de um clima quente, partirá para trabalhar num serviço até à meia-noite que não tem nada a ver com o curso em que queimou as pestanas. Então, aparentemente, Joana deve estar triste…estará? Nada disso! Tal como a mãe Rosa, encara a vida com realismo. Em coro, soletram: é preciso lutar muito e acreditarmos nos nossos sonhos. Um dia, se formos teimosos, eles virão ao nosso encontro.
Felicidades Rosa “brava”! Felicidades Joana “d’arc”!
1 comentário:
Boa sorte,Sra.Rosa.É de pessoas como a senhora que o comércio da cidade precisa.Pessoaas corajosas,que com o cenário económico actual não se amedrontam,se «lançam» e investem.Só por isso tenho a certeza que irá ser bem sucedida,pois «a sorte protege os audazes».
Marco
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