quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A ENDECHA DO PARALELO (1)

(IMAGEM DA WEB)




ENDECHA DO PARALELO

Somos a malta da madrugada
Pelas ruas deambulamos
Não cheiramos o subsídio
Se protestas vás p’ro exílio

Quando à noite pela cidade

Nos achamos a gastar sola

Não precisamos de caridade
Mas já quase de pedir esmola

A patrulha seria bela

Se  pudéssemos trabalhar
Mas só se faz sentinela
E alguns autos p’ra assinar





 Endecha – (s.f.) – canção monótona, triste, fúnebre ou piedosa

 ESTRUTURA – São endechas porque traduzem o sofrimento amoroso do presumível poeta, por profissões da noite, que poderiam ser diferentes (e está a ser diferente, mas ainda subsistem – infelizmente – situações ingratas, que urge alterar), em quadras de rima emparelhada e interpolada.




Pseudónimo - FÉNIX

(RECEBIDO POR E-MAIL)

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