sábado, 11 de setembro de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)


(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)

Ana "Strobe" Mendes deixou um novo comentário na sua mensagem ""JURA AMAR NA ALEGRIA E NA DESGRAÇA?"": 


Olá Luis.
Bom, devo começar por dizer que me sinto extremamente lisonjeada por este pequeno “duelo” de pensamentos, no bom sentido é claro.
De facto tudo o que diz é verdade, antigamente tudo era por demais violento e ainda assim o quadro familiar passado para o exterior do lar era sempre algo bonito e venerável. Como é possível que nos dias que correm, não havendo sequer metade de toda a tolerância e submissão outrora vivida pelos nossos parentes, ainda hajam casos de tamanha violência? Penso no mesmo constantemente, e a verdade é que não existe uma reposta unívoca sobre esse tema, teríamos de analisar um problema que se consta multivectorial para se chegar à origem do que são os problemas relacionais! 
Poderíamos perder horas a tentar analisar os factos de que dispomos e que são de conhecimento público, mas será que chega? Basta pensar um pouco e desencadearíamos uma lista infindável de causas possíveis para o problema enunciado.
Poderíamos começar com a parte da psicologia, por exemplo. Uma das minhas grandes amigas, por sinal psicóloga, costuma dizer-me algo extremamente interessante, óbvio que num jeito um pouco jocoso, mas obviamente sem particularizar, sabe como é, piadas de café que nada servem senão para rir um pouco. Mas temo que em boa da verdade o que ela me diz tenha um lado muito forte. A maior parte das pessoas que nós vulgarmente achamos que são doentes mentais (e não vou assentar este meu comentário sobre o que são doentes mentais) de algum modo são-no devido a uma infância (peço desculpa pelo vocabulário) do caneco. É obvio que é muito bonito desculpar estas pessoas, “ah e tal teve uma infância difícil”, mas será que tudo isso serve de desculpa para se cometerem os actos horrendos que se têm vindo a observar? Claro que não. Tudo isto para se chegar onde. Os tempos mudaram, a liberdade de expressão tornou-se um direito e os preconceitos que envolvem questões familiares foram-se desvanecendo. Mas, existe algo que não muda só porque hoje temos muito mais liberdade, as infâncias do caneco, os exemplos de vida que muitos tendem a ignorar. Dizer-se que somos todos iguais acho um pouco eufemista, não somos todos iguais, somos seres embora geneticamente semelhantes, mas com algo que nos diferencia individualmente, o nosso belíssimo cérebro, é nele que assentam todos estes problemas. Se o Luís nunca teve problemas devido à infância que me descreveu, talvez seja porque conseguiu resolver todos os seus conflitos internos, ou talvez nunca os tenha gerado. O problema começa quando se criam esses tais conflitos, na maioria, inconscientes! Bem, não vou aprofundar este meu comentário senão ainda tenho a ordem dos Psicólogos à perna. 
Enfim, e terminando este meu comentário que já está por demais exagerado, continuo a enunciar a teoria de Darwin, seguindo um pouco a linha de pensamento que trazia de trás. Todos estes problemas que nós observamos são resultado de um estado comum, a evolução da espécie, outrora um pouco mais autómatos (no tempo dos nossos familiares) devido ao cumprimento religioso da conduta social da época, hoje em dia isso já não acontece, o ser humano tem-se vindo a desligar desse automatismo e a comportar-se conforme as suas necessidades interpolando as necessidades alheias, como disse e muito bem, mas isso não implica que tenham deixado de existir as tais infâncias do caneco!

Abraço Luis…:)

P.S.:Irei colocar este meu comentário no meu blogue, AQUI. Acho que poderá tornar-se um tema de debate e quem sabe se alguém se junta a nós nesta discussão..

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