UM TURISMO DESCENTRALIZADO PARA PREVENIR APAGÕES

As ornamentações natalícias foram inauguradas com pompa e circunstância no sábado –pagas pela Câmara Municipal de Coimbra, em conjunto com a empresa municipal Turismo de Coimbra. É bom não esquecer –o seu a seu dono- que até 2002, até esta “Coligação por Coimbra” ganhar as eleições e tomar posse, as ornamentações de Natal eram pagas pelos comerciantes. Mais do que uma vez, tive alguns aborrecimentos com um assessor do anterior inquilino do paço, da Praça 8 de Maio, Manuel Machado. Se alguém olvida esse tempo eu não. Dava imensas chatices para arranjar dinheiro para as ruas ficarem com outro espírito encantado de Natal. Portanto, hoje, quando alguém olhar para o ar, fixando as ornamentações, se pensar em criticar negativamente, por um momento, contenha-se e, pelo menos mentalmente agradeça o trabalho feito. Esteja ou não a contento. Eu fico grato pelo trabalho apresentado.
Ora bem, mas eu não vim para aqui para cair nas boas graças dos presidentes da câmara ou da Empresa Municipal do Turismo. Primeiro, nunca conseguiria, porque eu sou uma espécie de abelha, de repente dá-me na veneta e espeto uma ferroada no meu amigo mais próximo. Portanto nem sequer vale a pena tentar. Eu vim aqui para reclamar…com razão. Quem me lê, deve sentir que tento ser justo. Não reclamo por dá cá aquela palha.
Mas vamos lá ao meu protesto antes que você me abandone e me mande caçar gambozinos para o Choupal. Então é assim, como ia dizendo, se a memória não me atraiçoa, as luzes que vão encaminhar o menino Jesus para as lojas da Baixa foram inauguradas no Sábado às 18 horas. Tudo bem! Na presença do meu amigo Alcoforado, que ainda um dia há-de ser, do turismo, o presidente, Carlos Encarnação, para mostrar que o centro histórico precisa de crianças, simbolicamente, até carregou os dois netos ao colo quando ligou a alavanca de dar à luz. Até aqui tudo bem! O problema é que ontem, segunda-feira, à noite, os milhares de luzes, talvez em comunhão e apoio aos funcionários dos SMTUC, fizeram greve e as ruas estreitas, como, por exemplo, a Rua da Louça, Eduardo Coelho e outras, bem como o Largo da Portagem e a Avenida Fernão de Magalhães, estiveram todas às escuras.
Ora bem, melhor dizendo, ora mal, um problema pode acontecer a qualquer momento e não é pelo facto de este ano se ter substituído a empresa “Os Castros” por outra, que não sei o nome, que vem agravar ou desculpabilizar o acidente. No caso em apreço, o ónus da questão reside no facto de hoje, terça-feira, 1º de Dezembro, ser feriado, e consequentemente os serviços da autarquia estarem fechados, e ninguém saber como contactar a empresa a quem foi concessionado o serviço. Quer dizer: ontem, hoje e amanhã, uma parte da Baixa estará às escuras por alguma incúria na delegação de poderes. Então digam-me lá, os presidentes das duas juntas de freguesia do centro histórico ou o presidente da APBCD, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, não deveriam ter sido informados do contacto da nova empresa? Se bem que, uma vez que esta instalação é recente, a firma deveria ter diligenciado um piquete para prevenir acasos.
Bom, espero (esperamos todos) que o problema se resolva rapidamente. A empresa Municipal de Turismo e a Câmara Municipal não podem vir agora dizer que não foram informados deste apagão e prevenirem situações futuras. Acabei de os informar por e-mail, exactamente sugerindo o que escrevi aqui.